Paulo Serra oficializa pedido ao Estado para obra nas duas cidades em busca de alinhamento com municípios em torno da entidade regional
O prefeito de Santo André e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Paulo Serra (PSDB), deu encaminhamento a dois projetos símbolos das cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra: o término do Hospital Santa Luzia, em Ribeirão, e a construção da rodoviária de Rio Grande.
No caso da intervenção em solo ribeirão-pirense, os primeiros passos foram dados ontem, com ofício e ligação ao vice-governador e secretário estadual de Governo, Rodrigo Garcia (DEM), com pleito para que o Estado aporte R$ 10 milhões para a conclusão do projeto. O hospital começou a ser erguido em 2008, na primeira passagem de Clóvis Volpi (PL) pelo Paço. Os trabalhos travaram em 2013. Volpi voltou neste ano à Prefeitura sem que o equipamento estivesse concluído. A tendência é a de que reunião entre Paulo Serra, Garcia e Volpi aconteça na próxima semana para desenrolar a discussão.
No caso da rodoviária, Paulo Serra solicitou à Prefeitura de Rio Grande da Serra, chefiada por Claudinho da Geladeira (Podemos), informações detalhadas de projeto e custo. A ideia é buscar recursos do Fumefi (Fundo Metropolitano para Financiamento e Investimento), também do governo estadual.
Os dois projetos fazem parte de planejamento de remodelação das relações político-administrativas do Consórcio, mudança colocada em curso depois que Volpi e Claudinho reclamaram publicamente da atuação da entidade regional – Claudinho, por exemplo, enviou projeto de lei à Câmara pedindo aval para deixar oficialmente o Consórcio.
Para evitar dissidência – como a vista em 2017 e 2018, quando São Caetano, Diadema e Rio Grande resolveram sair do bloco regional –, Paulo Serra se reuniu com Volpi e Claudinho para colher as demandas da dupla. Prometeu dar vazão a um planejamento já desenhado de usar a estrutura do colegiado para buscar projetos aos municípios e também autorizou confecção de estudo sobre revisão de valores de alíquota de contribuição.
“Entendemos a questão financeira desses municípios e compreendemos que todas as cidades enfrentam desafio muito grande, com queda de arrecadação. Conseguimos equalizar, principalmente estabelecendo relação positiva conceitual importante que o Consórcio tem. É tirar a questão pontual, do dia a dia, da mensalidade, das pautas mais cotidianas e entender a importância estrutural do Consórcio da busca da melhoria como um todo”, citou o tucano, que também disse ter conversado ontem com os prefeitos de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), e de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), sinalizando sobre o debate da remodelação.
“Em 2019, quando fui presidente (do Consórcio), tive o trabalho de trazer as cidades que formalizaram as saídas. Todo debate em torno do funcionamento do Consórcio é válido, mas precisa ser feito com todos, com a participação de todos”, emendou, lembrando da dissidência criada quando a entidade era gerida pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).
A tendência é a de que Claudinho retire o projeto de lei que enviou à Câmara para deixar formalmente o colegiado regional. Outro encaminhamento é o desligamento de rivais políticos do prefeito de Rio Grande do Consórcio – casos de Carlos Eduardo da Silva, o Carlinhos, que foi homem forte na gestão do ex-prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania) e do ex-vereador Akira Auriani (PSB), que disputou a Prefeitura no ano passado. Carlinhos é diretor jurídico da entidade. Akira, recém-nomeado assessor administrativo.
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