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Volpi pensa em transformar Fábrica de Sal em sítio arqueológico

Ideia é realizar valorização histórica e difundir memória da edificação

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
22/01/2021 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O governo do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), planeja criar espécie de sítio arqueológico visitável no que resta da Fábrica de Sal, monumento histórico instalado no Centro da cidade.

Conforme a gestão do liberal, a ideia é manter o prédio fabril e fomentar a visita turística com intenção de difundir a memória do espaço. Para isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes, Cultura e Turismo, cujo titular é Clauricio Bento, pretende realizar projetos de difusão cultural, memória e valorização histórica da fábrica.

“Há estudos para a criação deste sítio arqueológico visitável no que resta das ruínas da Fábrica de Sal. Queremos que os turistas visitem a edificação e que saibam da importância dela. Queremos realizar um resgate histórico da Fábrica de Sal”, declarou o dirigente de acervo e memória de Ribeirão Pires, Marcílio Duarte.

Ainda segundo Duarte, os projetos iniciais para a criação do sítio arqueológico estão em discussão pelo Executivo. Ainda que não haja dados dos valores envolvidos, o dirigente de acervo e memória acredita que as intervenções na Fábrica ocorram no ano que vem.

“Não posso abrir informações envolvendo valores, mas todo projeto envolve investimento. Sei que alguns projetos já estão em debate pelo governo Volpi e, possivelmente, algumas obras poderão ocorrer no ano que vem”, avaliou.

A Fábrica de Sal, edificação histórica de Ribeirão e que remonta à virada do séculos 19 para o 20, foi tema de novela durante gestão do ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). A promessa era a de haveria grande reformulação no espaço em parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria). Em 2018, Kiko apresentou projeto de revitalização completo da fábrica, que envolvia R$ 30 milhões de recursos da instituição da indústria. O empreendimento nunca saiu do papel e a entidade decidiu enterrar o debate.

Em 2018, quando completou 120 anos, a Fábrica de Sal foi tombada pelo Codephaat-SP (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). Dessa forma, a área passou a ser reconhecida como patrimônio cultural do Estado.

Em meio a altos e baixos, a Fábrica de Sal sofreu maior ameaça durante a gestão do ex-prefeito Saulo Benevides (ex-MDB, atual Avante), entre 2013 e 2016. O chefe do Executivo avaliou demolir o prédio histórico para construir um shopping. A ideia não avançou.




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