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Minicarros reúnem apaixonados em Sto.André
Renan Cacioli
Especial para o Diário
15/05/2005 | 15:48
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Motores roncam na pista, mecânicos tratam cuidadosamente da troca de pneus e gasolina no pit stop, ou ajustam o sistema de amortecimento. Tudo isso enquanto os carros fazem curvas em alta velocidade na busca pela perfeição e quebra de recordes nas tomadas de tempo. Tudo isso pode parecer o cenário de uma corrida de Fórmula 1 ou Stock Car das mais disputadas, mas são apenas as miniaturas de um pessoal acostumado desde cedo com o prazer pelo automobilismo e o desejo de fazer, da sua máquina, a mais possante possível. É a turma da Associação de Automobilismo Radiocontrolado do ABC – os populares carrinhos de controle remoto – "queimando o asfalto" no estacionamento do Sam‘s Club, em Santo André.

"Imagina um carro de Stock Car, só que dez vezes menor. Tem tudo: controle de tempo, regulagem de motor, amortecimento, troca de pneus de acordo com as características da pista onde o carrinho anda", delicia-se o diretor da Associação, Rodrigo Piva, 28 anos, que pratica o hobby há oito. Na realidade, independentemente da competição e rivalidade existentes entre os cerca de 100 integrantes da Associação, o grande prazer dessa turma é montar o seu carro e vê-lo acelerar nos fins de semana.

"Chego a perder quase todas as noites, no meio da semana, para poder brincar aqui, no fim de semana", lembra o empresário Marcos Roberto Mayer, 32 anos, que traz da infância – como a maioria do grupo – a paixão pelo automobilismo. Marcos chegou a disputar o Campeonato Mundial de Slot (o popular autorama), em 2000, antes de migrar para a categoria de carrinhos controlados por freqüência de rádio.

Acidentes – Justamente pelo fato de ser controlado por uma freqüência de rádio é que os acidentes sempre acontecem. Um carro que passar ao lado do estacionamento com o som ligado pode ser o suficiente para a dor-de-cabeça dos competidores. "Uma vez, um caminhão parou no semáforo aqui na frente. Quando meu carrinho passou por ele, perdi totalmente o controle, ele fez um ziguezague e só parou, ainda em aceleração, quando virou de ponta cabeça", diz Rodrigo.

Para que isso não aconteça no meio de uma prova, os carrinhos contam com um sistema chamado popularmente de "salva rádio". Caso o controle não comande mais os movimentos do veículo, o sistema freia o carrinho e trava as rodas para o lado, evitando as batidas em alta velocidade.




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