Putin, ex-chefe dos serviços de segurança (FSB, ex-KGB), 47 anos, é o favorito na corrida à Presidência graças a sua política na Chechênia, que recebe amplo apoio da populaçao. As últimas pesquisas dao sua vitória no primeiro turno, com 53% dos votos.

Nomeado primeiro-ministro em agosto passado, Putin virou presidente interino em 31 de dezembro, depois da renúncia de Boris Yeltsin.

Todas as informaçoes apresentadas por Putin sobre suas rendas e bens, assim como as de sua família, correspondem à realidade, precisou a Comissao Eleitoral Central, encarregada de estudar os expedientes de todos os candidatos antes de dar sua autorizaçao.

A candidatura de seu principal adversário, líder do Partido Comunista russo, Guennadi Ziuganov, 55 anos, já foi registrada no dia 8 de fevereiro.

A Comissao validou também nesta terça-feira a candidatura do governador da regiao de Kemerovo (Sibéria), Aman Tuleev.

Putin declarou à imprensa que vai publicar seu programa eleitoral a partir de 25 de fevereiro, de acordo com a lei eleitoral. A restauraçao dos valores morais da Rússia será uma de suas prioridades, segundo agências russas.

Por outra parte, Putin afirmou que as autoridades russas nao marcaram um prazo para terminar a campanha militar na Chechênia. ``O que importa é preservar a vida de nossos soldados'.

O presidente interino parte no final desta semana para Irkutsk (Sibéria), em sua primeira viagem de caráter eleitoral.

Quinze candidatos no total apresentaram as 500 mil firmas indispensáveis para registrar sua candidatura.

Os mais conhecidos sao o chefe da oposiçao reformista Yábloko, Grigori Yavlinski, o chefe do partido ultranacionalista LDPR, Vladimir Jirinovski, o governador da Samara, Konstantin Titov, e o empresário checheno Umar Yabrailov.

Paradoxalmente, os três homens que nos últimos dois anos proclamaram condiçoes de chegar ao Kremlin renunciaram à candidatura. O general Alexander Lebed, que virou governador de uma regiao da Sibéria, perdeu todo o crédito nas últimas eleiçoes presidenciais em 1996. Evgueni Primakov, ex-primeiro-ministro, também renunciou depois do relativo fracasso de seu partido nas legislativas de dezembro. O prefeito de Moscou, Yuri Lujkov, vítima de uma violenta campanha na mídia, também renunciou a suas ambiçoes presidenciais.