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Motoristas se reúnem na terça para pedir aumento
Do Diário do Grande ABC
22/05/2005 | 09:46
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Motoristas e cobradores de ônibus urbanos farão assembléia na próxima terça-feira, às 17h, na sede do Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, em Santo André, para discutir se devem ou não decretar alerta de greve para pressionar as empresas a apresentar propostas de negociação. O sindicato é filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

A categoria tem de tornar público com 72 horas de antecedência o interesse em entrar em greve, possibilidade que não está descartada, segundo o diretor do sindicato, José Domingues. Ele disse que as empresas entraram em contato na última quinta-feira para marcar a primeira reunião dessa rodada de negociações. No encontro, realizado sexta-feira à tarde, não foram apresentadas propostas patronais. O dirigente mantém expectativa de que surjam novas propostas até esta segunda.

Com data-base em maio, os motoristas e cobradores reivindicam reajuste dos salários em 35%, referentes à inflação acumulada no ano, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), aumento real e reajuste normativo. Há ainda um pacote de cláusulas sociais a serem discutidas, reajuste do tíquete refeição e pagamento de Participação nos Lucros e Resultados. No ano passado, os rodoviários obtiveram reajuste de 6%.

Assembléia – Nesta segunda, às 9h30, o sindicato realiza assembléia com os trabalhadores das empresas de fretamento para discutir o que fazer diante de um eventual impasse nas negociações. O sindicato dos Rodoviários representa categoria que reúne 6,8 mil trabalhadores no transporte urbano e 2,5 mil nas empresas de fretamento. Boletins e carros de som circulam nas portas das garagens de ônibus e nos pátios de estacionamento de fretados das montadoras.

Paralisação – A última greve da categoria foi realizada em 2002 e teve duração de um dia. O sindicato foi multado em R$ 100 mil pelo Tribunal Superior do Trabalho, que acolheu recurso do Ministério Público do Trabalho de São Paulo.

As multas foram aplicadas por causa do descumprimento de circulação mínima da frota de ônibus e danos ao patrimônio de empresas. As multas foram revertidas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

O Diário não conseguiu localizar neste sábado o representante do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC para comentar as negociações com os trabalhadores.




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