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Cesta dos emergentes tem mais produtos de consumo
Alexandre Melo
13/08/2010 | 07:02
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Famílias brasileiras com renda mensal de R$ 510 e R$ 5.100 estão ampliando a lista de compras no supermercado, que passou de 28 para 41 itens na classe C e aumentou de 21 para 38 produtos entre nas residências pertencentes às classes DE. O avanço mais expressivo ficou na base da pirâmide social, que cresceu 81% nos últimos oito anos.

Agora, leite longa vida, cereal, massa instantânea, iogurte, caldos de carne, salgadinhos, amaciante e cremes e loções entram no carrinho do consumidor de baixa renda. O poder de consumo dessas 72 milhões de pessoas é de R$ 381,2 bilhões, maior que o da classe B, de R$ 329,5 bilhões, aponta levantamento do instituto Data Popular.

Conhecida popularmente como ‘nova classe média', as 95,4 milhões de pessoas integrantes da classe C ainda respondem pelo maior potencial de compra do País, com R$ 427,6 bilhões. Enquanto os abastados das AB têm 216,1 bilhões para gastar.

O polidor de carros Adan William Mariano, 24, confirma os dados da pesquisa. "Meu poder de compra cresceu nos últimos anos. Eu e minha mulher compramos leite de caixinha, chocolate em pó, refrigerante e leite condensado", enumera o andreense cujo rendimento mensal familiar é de R$ 1.300.

Dados da empresa de pesquisa Kantar Worldpanel também reforçam que a classe DE foi a que teve maior expansão no número de produtos no consumo domiciliar no primeiro trimestre deste ano, com destaque para alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza.

Segundo o Data Popular, nos últimos três anos 19 milhões de brasileiros saíram da base da pirâmide, resultado principalmente dos programas de distribuição de renda como o Bolsa Família, que condeceu maior poder de consumo.

COMPARAÇÃO
A classe D já ultrapassou a B em cinco das oito mais importantes categorias de consumo. Em alimentação dentro do lar, que soma potencial de R$ 292 bilhões no País, a baixa renda responde por 23,4% deste total, enquanto a classe B, 15,5%.

O mesmo acontece com gastos em vestuário e acessórios foi R$ 12,7 bilhões contra R$ 12,7 bilhões. Nas categorias de móvei e eletroeletrônicos e medicamentos a situação se repete.

Esta é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em consumo. No ano passado, 30% das famílias de classe D melhoraram de vida e migraram para a C.

 
Preço do tomate volta a disparar nesta semana

Ao contrário da semana passada, os moradores do Grande ABC vão desembolsar R$ 7,99 a mais pela cesta básica até o dia 15. Com 19 dos 34 itens ficando mais caro, o consumidor pagará quantia de R$ 345,08 pelos alimentos básicos.

A lista dos alimentos responsáveis pelo aumento é encabeçada pelo quilo do tomate, que sofreu aumento de 31,74% em relação à pesquisa anterior realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Nos supermercados da região o preço médio do legume chega a R$ 2,20.

Segundo o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto, a explicação "é a chegada do período de entressafra. Historicamente, a partir desta época, o preço de alguns alimentos começa a subir", explica. A questão é que neste ano os reajustes estão maiores do que no ano passado.

Dando sequência aos alimentos que encareceram estão o café (12,37%), com valor médio de R$ 5,45 pelo pacote de meio quilo. O quilograma da batata também sofreu alta de 10,71% nesta semana, sendo encontrada nos estabelecimentos com valor médio de R$ 1,86.

Para a batata a justificativa é que os produtores seguraram o escoamento do alimento para deixá-lo valorizado no mercado, ocasionando na elevação do preço, diz Benedetto.

MAIS BARATO
Somente 14 produtos da cesta básica da região registraram queda no preço, e um ficou estável. O pacote de um quilo de farinha de trigo especial está 5,98% mais em conta (valor médio de R$ 1,73). Na mesmo caminho está unidade da alface com redução de 5,33%. A farinha de mandioca e a cebola estão 5,16% e 3,56% mais baratas, respectivamente. O preço do sabonete ficou estável.(Alexandre Melo)




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