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Uma travessa histórica e pouco conhecida

Você, andreense, sabe onde fica a Rua Antonio Joaquim Vaz? É uma das ruas centrais da cidade que já foi apelidada de Rua dos Ciganos

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
06/07/2010 | 00:00
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Você, andreense, sabe onde fica a Rua Antonio Joaquim Vaz? É uma das ruas centrais da cidade que já foi apelidada de Rua dos Ciganos. Quem nos conta essa história, citando vários personagens, é Zizá, na crônica de hoje.

Crônica do Zizá
A rua dos ciganos

Texto: Eliziário Firmo de Lima

Essa rua era assim conhecida pelos antigos habitantes de Santo André por abrigar uma leva de ciganos que aqui aportou por volta de 1920 ou mais e nela se instalou em um correr de casinholas de propriedade de Antonio Russo, homem volumoso e forte, dono de uma cocheira na baixada da Rua Fernando Prestes, naquele tempo Estrada de São Bernardo, junto, mais ou menos, onde hoje está instalada a Pizza Hut.

Ali tudo era mato. Antonio Russo possuía um carro de praça atrelado a dois cavalos e era muito popular na cidade, época em que outros cocheiros esperavam com seus carros a chegada do trem que vinha de São Paulo às 14h30, a fim de levarem os passageiros para São Bernardo.

Entre os cocheiros estavam Ismael Lobo, Adelelmo Setti e o Giácomo, um velho italiano com barbas encanecidas. Setti e Giácomo eram moradores de São Bernardo.

Naquele tempo não havia condução fácil de São Bernardo para São Paulo. Antonio Russo dava-se bem com o chefe dos ciganos em muitos negócios. Diga-se de passagem, Russo, bem como seu filho e os demais, eram bem vistos e respeitados na cidade.

Aqueles ciganos permaneceram muito tempo por aqui e, como não poderia deixar de ser, um dia se foram, como nômades que eram. A rua ficou então conhecida como a Rua dos Ciganos.

Essa rua, ou travessa, hoje denominada Antonio Joaquim Vaz, começa na Rua Senador Flaquer, à esquerda de quem vai em direção à unidade do Corpo de Bombeiros da Avenida Perimetral, no quarteirão compreendido entre as ruas Coronel Ortiz e Dom Duarte Leopoldo e Silva.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 6 de julho de 1980

Manchete - Em Curitiba, aa presença do papa emociona o povo

Religião - Testemunhas de Jeová batizam 120 pessoas no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André.

Perfil (Reportagem de Tânia Angarani) - Padre Rubens Chasseraux, há 16 anos em Vila Palmares, Santo André: de moleque travesso a apóstolo dos favelados.

Meio ambiente (Reportagem de Luiz Carlos Ferraz) - Poluição térmica irá afetar meio aquático, aponta estudo do engenheiro Eugênio da Mota Singer.

EM 6 DE JULHO DE...
1985 - Inaugurado o terminal rodoviário de Ribeirão Pires.

Trabalhadores
Nascem em 6 de julho:
1900 - Manoel Maria. Natural de Mato Mourisca, Portugal. Sócio nº 139 do Sindicato dos Químicos do ABC. Servente de fabricação da Rhodia. Endereço: Rua Holanda, 1.

1904 - Virgilio Golli. Natural de Socorro (SP). Sócio nº 1.406 do Sindicato dos Químicos do ABC. Operário da Rhodia. Residência: Rua Porto Seguro, 25.

1910 - Joaquim José Maria. Natural de Piracaia (SP). Sócio nº 1.357 do Sindicato dos Químicos do ABC. Residência: Vila Assis Brasil.

1917 - Paulo Augusto Torres. Natural de São João da Boa Vista. Sócio nº 1.195 do Sindicato dos Químicos do ABC. Eletricista da Alva. Endereço: Avenida Souza Santos, 45.

Da agenda da Fundação Pró-Memória
Dezesseis anos da fundação do DAE (Departamento de Água e Esgoto de São Caetano), em 1994.

SANTOS DO DIA
Domingas, Isaias e Maria Goretti (virgem e mártir).




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