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Prefeito de Diadema vai ser ouvido no caso dossiê
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11/11/2006 | 00:08
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A Polícia Federal e o Ministério Público decidiram convocar para depor os tesoureiros das campanhas pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do senador Aloizio Mercante (PT) ao governo de São Paulo, respectivamente José de Filippi Júnior (prefeito de Diadema) e José Giácomo Baccarin.

Os dois terão de explicar a movimentação dos recursos de campanha e as retiradas de altas quantias nos dias que antecederam a apreensão do R$ 1,75 milhão supostamente destinado à compra do dossiê contra tucanos.

Análises periciais da PF observaram compatibilidade entre os valores movimentados nas duas campanhas com o montante do dinheiro apreendido com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, em 15 de setembro passado, num hotel em São Paulo. Na véspera da prisão, o circuito interno do hotel flagrou o coordenador da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda (de São Caetano), chegando ao hotel com a suposta mala do dinheiro.

Filippi licenciou-se da Prefeitura de Diadema para cuidar da coordenação financeira da campanha de Lula. Seu depoimento ainda não tem data marcada. Suplente de Mercadante no Senado, Baccarin será chamado primeiro.

A PF e o MP trabalham com a hipótese de que boa parte do dinheiro da compra do dossiê, que se destinava a prejudicar candidaturas tucanas, veio dos dois comitês. Falta verificar se a origem é criminosa, decorrente de caixa 2, ou se provém de doações legais declaradas. “É preciso tirar essas dúvidas a limpo”, disse um delegado com acesso às investigações, que estão sob sigilo de justiça.

Nesta sexta-feira, a PF e o MP começaram a analisar o laudo do Instituto de Nacional de Criminalística (INC) sobre as cédulas de dólares (US$ 248,8 mil) e de reais R$ 1,16 milhão) apreendidas com a dupla. As investigações acharam vestígios de dinheiro das duas campanhas, mas que precisam ser aprofundados.

Para que não paire dúvida, o MP quer que a investigação se estenda aos diretórios do PT em todos os Estados. Quer também que se investigue a suspeita de que parte do dinheiro de caixa 2 teria circulado pelas empresas do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, citado por Gedimar, em depoimento, como a pessoa que o autorizou a negociar o dossiê com o empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas.




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