Política Titulo Ribeirão Pires
Com impasse, garis ficam sem hora extra

Prefeitura alegou que pasta não enviou documentação para justificar pagamento pendente

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
09/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Funcionários que atuam na limpeza pública e na Defesa Civil da Prefeitura de Ribeirão Pires, sob comando de Adler Kiko Teixeira (PSB), estão sem receber horas extras referentes a novembro do ano passado e que deveriam ser quitadas em dezembro. De acordo com levantamento do Diário, são 15 colaboradores da limpeza e cerca de 45 trabalhadores da Defesa Civil que aguardam o pagamento.

Os servidores municipais receberam compromisso de que o benefício seria depositado até segunda-feira, o que não aconteceu. A informação teria sido passada pelo vice-prefeito Gabriel Roncon (PTB), conforme profissionais ouvidos pelo Diário.

Ontem, os colaboradores obtiveram relato extraoficial de que o repasse para cobrir a pendência poderá ser realizado até a próxima segunda-feira, no dia 13. Caso o valor não seja confirmado na conta, os funcionários cogitam comparecer ao prédio do Executivo para reivindicar o pagamento das horas extras.

“Esse dinheiro fez falta no meu (período de festas de) final de ano. Agora é aguardar o pagamento, mas a situação é muito triste. Não recebemos informação oficial hoje (ontem), mas parece que irão depositar na segunda-feira”, disse funcionária, que trabalha há quatro anos na Defesa Civil, mas que preferiu não se identificar por receio de represálias. No caso da servidora, ela esperava receber cerca de R$ 530 de horas extras.

A administração chegou a falar aos funcionários que não foi possível fazer o depósito do benefício porque a Secretaria de Serviços Urbanos, cujo titular é Diogo Manera, não entregou o cartão de ponto dos colaboradores para justificar o pagamento de horas extras. “Foi isso que nos disseram quando perguntamos o motivo de não recebermos as horas extras. Todo mundo estranhou em um primeiro momento”, declarou funcionária, ao solicitar anonimato no caso.

O governo Kiko confirmou, por meio de nota, o atraso no pagamento do pacote de horas extras, ratificando que o benefício não foi quitado porque a secretaria não enviou a documentação justificando o repasse para o abono.

“O pagamento das horas extras referentes ao mês de dezembro, que não haviam sido autorizadas por conta de pendência de justificativa, será liberado neste mês de janeiro”, alegou a Prefeitura, sem dar data específica.

Na semana passada, o Diário revelou que 117 funcionários que atuam nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, sob contrato da Prefeitura com a Santa Casa de Birigui, receberam o 13º salário somente 18 dias depois da data regular.




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