O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), recebeu do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), autorização para trocar o terreno que vai abrigar o futuro Hospital do Idoso, na Vila Luzita, sem prejuízo da projeção de investimento federal no equipamento.

Ontem, o tucano foi a Brasília acompanhado do secretário municipal de Saúde, Márcio Chaves (PSD), para solicitar a manutenção do envio de R$ 6,9 milhões, por parte da União, para o complexo hospitalar, que começou a ser construído em 2011, ainda na gestão do ex-prefeito Aidan Ravin (Podemos), e que coleciona atrasos e deterioração dos materiais e até abandono de obra. O projeto foi orçado em R$ 7,5 milhões no total e há R$ 600 mil de contrapartida municipal.

Paulo Serra levou a proposta de não mais utilizar o terreno na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo para o Hospital do Idoso. “Em novembro, quando houve tempestade na cidade, houve problemas estruturais por conta das chuvas (no hospital). Levou a mais uma interrupção da obra. Avaliamos junto com o Ministério da Saúde e a Caixa a mudança do local. Aquela estrutura está condenada pela perícia, pelos laudos que foram feitos”, ponderou.

A área escolhida também fica na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em um terreno pertencente à Prefeitura e que, no passado, funcionou como depósito de material do Executivo. A estrutura onde foi erguida parte do hospital será demolida e a área será aproveitada para estacionamento da futura UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Luzita.

O objetivo da Prefeitura é abrir até o fim de março licitação para contratação de empresa responsável pela obra e entregar o complexo hospitalar em 2020, quando finda o mandato de Paulo Serra. O tucano disse que, na próxima semana, Márcio Chaves volta para Brasília para discutir trâmites burocráticos com técnicos do Ministério da Saúde para dar celeridade ao processo licitatório.

“Queremos iniciar (a execução) o quanto antes. Se preciso, até com recursos próprios, enquanto tramitarem essas questões burocráticas no Ministério da Saúde”, disse Paulo Serra logo após a reunião, acompanhada também pelo secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni (DEM), e pelo deputado federal Geninho Zuliani (DEM).

O governo de Aidan Ravin iniciou as obras em 2011, com previsão de entrega no ano seguinte. Não conseguiu executar os serviços. O ex-prefeito Carlos Grana (PT) chegou a assinar convênio para retomada do complexo, com mudanças na oferta de leitos – passou de 60 para 75 – e até estruturais, como colocação de elevadores. O projeto também não avançou e, à época, a administração culpou a Caixa pela falta de repasses.

Em 2017, Paulo Serra assumiu o Paço e assinou contrato para concluir os trabalhos. A ideia era abrir o equipamento no ano passado.