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Segmento de logística reforça consolidação com fusões
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/10/2010 | 07:15
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O segmento de logística (transporte e armazenagem de cargas) segue em processo de consolidação neste ano. De acordo com dados da PricewaterhouseCoopers, só no primeiro semestre, foram oito acordos de fusão ou aquisição no setor, que envolveram cerca de US$ 600 milhões.

Segundo o consultor Antonio Wrobleski, sócio da AWRO Logística, a tendência de concentração reflete a importância crescente do setor, desde que o País alcançou a estabilidade econômica. Isso porque o mercado tem se tornado mais competitivo e há necessidade de as indústrias atuarem com mais eficiência. O especialista avalia que na logística residem oportunidades de corte de custos e racionalização de recursos.

Combinada à essa necessidade de melhoria dos processos nas fábricas, há a constatação de que o mercado ainda é formado por um número muito grande de companhias. Estima-se que haja, no País, mais de 1,2 milhão de transportadoras. "A fusão é uma alternativa para as pequenas e médias se posicionarem melhor no mercado", assinala Wrobleski. Ele cita que a união de companhias traz vantagens ao oferecer a possibilidade de sinergias (redução de custos, maior escala para negociar compras, complementação de serviços etc).

O consultor acrescenta que, em consequência do crescimento econômico do País, fundos de investimentos têm olhado para esse mercado. Um exemplo foi a compra, em março, de parte dos negócios da Ultracargo - que envolveu terminal de cargas em Mauá - pela Aqces Logística, pertencente à Green Capital, gestora de fundos.

Projeções - As perspectivas são promissoras nessa atividade. De acordo com estudo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), até 2014 o setor industrial vai investir cerca de R$ 850 bilhões no País e, desse montante, o banco estima que R$ 330 bilhões serão destinados à logística. Isso contribuiria para ampliar o mercado de logística, que tem crescido nos últimos anos em ritmo três vezes superior ao PIB (Produto Interno Bruto). Neste ano, deve crescer perto de 20% frente a 2009.




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