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Policial é acusado de ameaçar morador de rua internado na UTI
Do Diário OnLine
Com Agências
04/09/2004 | 16:23
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Um policial civil foi afastado de suas funções sob a acusação de ter apontado uma arma para um morador de rua internado no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o caso já foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil.

O policial, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), teria ameaçado o paciente após ter sido agredido verbalmente por ele. O morador de rua envolvido no episódio é um dos sobreviventes da chacina ocorrida na madrugada do dia 19 de agosto, e o policial acusado — que não teve o nome divulgado — fazia a segurança dele no hospital.

De acordo com a versão relatada pela direção do hospital, o agente do DHPP e uma investigadora entraram na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por volta das 22h do último dia 30 para conversar com um dos pacientes que havia recobrado a consciência naquele dia. Sob efeito de medicação, então, o morador de rua mostrou-se agitado e confuso ao ser abordado, e "em uma atitude inesperada, o policial sacou um revólver e o apontou para a cabeça do paciente, que não esboçou nenhuma reação".

Segundo o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Hédio Silva Júnior, o "despreparo" do agente que sacou a arma não se justifica. Ele disse ter divulgado o caso com objetivo de garantir a proteção dos sobreviventes dos ataques contra moradores de ruas, já que são "as testemunhas mais valiosas" nas investigações.

A Secretaria de Segurança Pública, por sua vez, afirmou que "o procedimento do policial não teve cunho de ameaça à vítima ou testemunha, mas foi um ato de defesa pela ofensa ao policial".




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