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Todos nós usamos caixa 2, admite Vicentinho

Deputado federal lançou projeto à reeleição reconhecendo que facilidade da verba prejudicou o PT

Por Daniel Tossato
21/07/2018 | 07:06
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Daniel Tossato


Ao lançar oficialmente sua pré-candidatura à reeleição, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), admitiu que fez uso de recursos de caixa dois em campanhas passadas, embora garanta que, no Congresso, defendeu o fim da utilização de dinheiro privado em projetos eleitorais.

“Estou seguindo as orientações do meu partido. Aliás, foi isso que prejudicou o nosso partido nesses últimos anos, com a facilidade da questão do caixa dois. Todos nós usamos caixa dois na campanhas passadas. Sou um proeminente deputado que pediu para acabar com financiamento privado de campanha”, reconheceu. Será a primeira eleição dele na qual aporte empresarial na campanha é proibido.

O petista disse haver espaço para sua vitória e também os êxitos eleitorais da deputada estadual Ana do Carmo e do ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (ambos do PT), que neste ano concorrem também a uma cadeira na Câmara Federal.

Questionado se esses dois projetos eleitorais do petismo – que não estiveram nas urnas em 2014 (Ana buscou reeleição na Assembleia e Filippi não concorreu a cargo público) – poderiam atrapalhá-lo, Vicentinho minimizou. “Interpretamos que estas candidaturas são tão importantes quanto a minha. São pessoas merecedoras e dignas. É uma coisa normal. Teremos que buscar apoio em outros setores, segmentos e regiões. Até que saiamos vitoriosos.”

O ato de Vicentinho aconteceu na sede do diretório do PT em São Bernardo e contou com as presenças dos deputados estaduais Teonilio Barba e Luiz Fernando Teixeira, dos pré-candidatos do PT ao Senado Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto, do ex-prefeito de Mauá e pré-postulante a deputado estadual Oswaldo Dias e de vereadores do partido na cidade. Presidente estadual do PT e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho se ausentou, mas mandou um vídeo de apoio.

Sobre as dificuldades que prevê enfrentar no pleito deste ano, em especial sobre como o PT vai reagir à grande derrota na eleição de 2016, o parlamentar afirmou ter “uma certeza e uma dúvida”. “A população percebeu que o golpe (impeachment de Dilma Rousseff, PT, em 2016) foi para retirar direitos do povo. Agora eles sentem falta de Dilma e principalmente de Lula. Mas tenho uma dúvida; eu não sei até que ponto e até que grau o nosso partido ganha a respeitabilidade diante dos acontecimentos, porque foi uma campanha de ódio muito grande ao PT.”  




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