Objetivo do governo de Sto.André envolve suplementação de R$ 76 mi à área; proposta tende a ser votada antes do recesso
Projeto do governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), em tramitação na Câmara, trata de suplementação de verba, em sua maior parte, para sustentar financeiramente a reabertura de unidades de Saúde na cidade, fechadas a título de reformar e modernizar o sistema dentro do programa chamado QualiSaúde. Do total de R$ 119,5 milhões estabelecidos no teor integral da proposta, R$ 76,7 milhões são destinados para a Saúde, especificamente para os setores da atenção básica e urgência e emergência. Há articulação do Paço para que o texto seja votado antes do recesso parlamentar de julho.
A suplementação se refere à anulação parcial ou total de dotações orçamentárias e de créditos adicionais, que necessita de autorização do Legislativo. Com a alteração no cronograma de obras do QualiSaúde, o Paço pretende antecipar a entrega dos equipamentos e, assim, atenuar o desgaste causado desde o ano passado com a situação. A proposta da administração tucana, que envolve a redução dos prazos estipulados inicialmente, contempla reinaugurar dez unidades neste exercício, englobando as sete fechadas em 2017, além de incluir outras três que estavam paralisadas pela gestão anterior.
O secretário municipal de Saúde, Márcio Chaves (PSD), reforçou que a suplementação, “basicamente, faz parte do processo de reabertura” dos sete postos do QualiSaude, além das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas do Bangu – já reinaugurada –, Centro e Jardim Santo André. “Boa parcela do montante (estipulado no projeto) servirá para custear funcionários e equipamentos. Um procedimento normal, que passará pelo crivo da Câmara”, disse o titular da Pasta, que assumiu o posto em dezembro – com a saída de Ana Paula Peña Dias –, depois da implementação do programa.
Márcio Chaves pontuou ainda que outra parte está relacionada à quitação do “dissídio de cerca de 2.000 funcionários da FUABC (Fundação do ABC) que conseguiram na Justiça o pagamento do valor referente ao período entre 2015 e 2016”. No conteúdo do projeto, de acordo com a Prefeitura, existe remanejamento de R$ 32,5 milhões que se referem a “ações judiciais e adequação de pessoal dentro dos departamentos correspondentes”. Em nota, o Paço não esclarece se toda essa quantia abrange apenas a área de Saúde da administração.
A matéria menciona também a mudança de dotações para auxiliar no CPAC Habitação e Cultura, uma contrapartida do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O texto encaminha R$ 9,85 milhões ao plano, e pode ligar projeto de moradia nos conjuntos do Alzira Franco e Espírito Santo, além da Praça dos Esportes e da Cultura Jardim Ana Maria. (colaborou Daniel Macário)
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