Setecidades Titulo Vacinação vai até sexta
Casos de gripe mais do que dobram em três cidades

Sto.André, S.Bernardo e S.Caetano registraram alta de 175% nas ocorrências no primeiro semestre

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/06/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 Os casos de gripe mais do que dobraram em três cidades da região (Santo André, São Bernardo e São Caetano) na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2017. De 20 casos confirmados de vírus Influenza – H1N1, H3N2, Influenza B e subtipado A no ano passado, passaram para 55, aumento de 175%. Somente o município andreense registrou uma morte neste ano, por Influenza A não subtipado.

Em razão da baixa adesão à vacina contra o problema, a campanha, iniciada em 23 de abril e que terminaria em 1º de junho, foi prorrogada por duas vezes e, agora, será encerrada na sexta-feira.

Nos primeiros seis meses de 2018, Santo André confirmou seis casos de H1N1, quatro de H3N2, quatro não subtipados e um de Influenza B. No mesmo período do ano passado, todos os tipos somaram 11 ocorrências. Até agora, a cidade atingiu 67,21% de vacinação do grupo prioritário (trabalhadores da Saúde, pessoas com mais de 60 anos, crianças com idade entre 9 meses e 5 anos, gestantes, mulheres que tiveram filho há menos de 45 dias e professores).

São Bernardo contabilizou 15 casos de H1N1; oito de gripe A (não subtipado); cinco de H3N2 e dois por Influenza B. A cobertura vacinal está em 77,68%. Nos seis primeiros meses de 2017, foram totalizados nove casos.

De janeiro até o momento, São Caetano registrou sete casos de Influenza A não subtipado; dois de H1N1 e um de Influenza B. Nenhuma ocorrência foi registrada no mesmo período de 2017. O município foi o que alcançou o maior percentual de pessoas imunizadas contra a gripe – 82,9%.

As demais cidades da região não responderam.

 

PREVENÇÃO

Dentre o público-alvo da campanha de vacinação, idosos, crianças e grávidas têm alerta para adesão à imunização, já que isso evita complicações como pneumonia e internações hospitalares. No entanto, a resistência à vacina tem sido reforçada por três fatores, aponta o infectologista da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Hélio Vasconcellos Lopes. “Existe corrente que tem crescido, totalmente imbecil, que recusa o uso de vacinas e que acha que a pessoa tem que desenvolver a imunidade naturalmente. Outro ponto é que quando tivemos o surto de febre amarela, no meio dos pacientes vacinados houve casos de morte e de mal-estar, ou seja, efeitos adversos e isso desprestigiou o conceito de vacina”, fala. “Há descrença, já que ela tem eficácia de 60%”, completa.

O especialista ressalta que efeitos colaterais graves são “extremamente raros”. “Apesar de não ser a solução completa, a vacina é a única saída para reduzir fatalidades.”

 

Proteção contra febre amarela prossegue

 Com a chegada das férias, a Secretaria do Estado da Saúde reforça o alerta para que os paulistas ainda não imunizados se vacinem contra a febre amarela, previamente a viagens programadas para o período. A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir a proteção.

No total, 54 municípios participaram de campanha realizada em janeiro. Foram vacinadas cerca de 5,6 milhões de pessoas, sendo aproximadamente 95% com a dose fracionada da vacina. Ainda é fundamental ampliar a cobertura vacinal nesses locais, que até o momento atingiu apenas 60,2% da população-alvo.

Somente em 2018 já foram vacinadas contra febre amarela 7,5 milhões de pessoas. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.

Todas as regiões estão abastecidas para distribuição de doses nos postos de vacinação. Desde 2017, até o momento, 23 milhões de doses foram espalhadas por todo o território paulista, sendo 55% desse total somente nos cinco primeiros meses deste ano.

De janeiro de 2017 até 15 de junho houve 561 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 214 deles evoluíram para óbitos.

No Grande ABC, duas pessoas morreram ao contrair febre amarela em outras localidades: um morador de Santo André, que viajou para Atibaia, e outro de Ribeirão Pires, após ir para Mairiporã, ambos no Interior do Estado.

Com relação às epizootias, de julho de 2017 até o momento foram confirmados 760 casos envolvendo macacos. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com 47% das ocorrências, seguida por Campinas, com 33%.

 




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