Atendendo ao pleito da cadeia produtiva têxtil e do vestuário, o secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, anunciou que haverá a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria Serviços) para o setor, da alíquota de 12% para 7% em todo Estado de São Paulo.

"É um passo extremamente importante para se manter empresas de confecção e empregos em São Paulo", diz o presidente do Sindivestuário (entidade que representa o segmento no país). Ronald Masijah.

"A guerra fiscal sempre foi muito predatória para o País. E São Paulo não poderia aceitar sem reagir. Hoje acredito que estamos honrando o compromisso do Estado com o crescimento, o desenvolvimento e a geração de emprego e renda", afirmou o empresário Ronald Masijah.

Em diversas reuniões com o governo do Estado, as instituições do segmento, junto com a Fiesp, apresentaram estudos com dados mostrando como a redução do imposto não afetaria a arrecadação do Estado. Ao contrário, poderá até mesmo elevá-la, graças a uma maior formalização de micro e pequenas empresas.

"Com a redução do ICMS, muitas empresas que deixaram o Estado de São Paulo transferindo seus negócios principalmente o Norte e Nordeste, e até mesmo a cidades da divisa de São Paulo com Minas e com Mato Grosso do Sul, podem rever seus planejamentos e a partir de agora, quem sabe, retornar a São Paulo", comentar o presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah.

"Além da concorrência internacional, temos de enfrentar a de outros Estados, que reduziram a carga tributária. Como consequência, São Paulo, que já representou 60% do vestuário brasileiro, não chega hoje a 40%, apesar de continuar sendo um gigante da economia nacional, com cerca de 8 mil confecções que empregam aproximadamente 400 mil trabalhadores, dos quais 80% são mulheres", acrescentou.