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Engenheiro amplia limites para se tornar homem de ferro
Por Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
24/10/2010 | 07:16
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Que a rotina tem de ser de ferro para suportar o Ironman, todo atleta que participou da prova mais importante do triatlo já sentiu na pele.

Mas a redundância é ainda mais valiosa para explicar o cotidiano de Flávio José, 32 anos, de São Caetano. Ele engrossa o número de praticantes que dependem de dedicação e disciplina duplicadas para conciliar os afazeres profissionais - no caso, como engenheiro de computação - com o sonho de figurar entre os tops da exaustiva modalidade. "Sou casado também. Na verdade, preciso me dividir entre três ou mais para dar conta do recado", brincou.

 

Credenciado por títulos e colocações no circuito brasileiro, o fruto do trabalho novamente será colocado à prova dia 30, na etapa de Miami (Estados Unidos), que classificará quatro atletas para o Mundial de Las Vegas, em setembro de 2011.

 

"Já fui para lá (Miami) há dois anos. Estou bem ambientado com os fatores naturais da prova, como clima e temperatura da água, por exemplo. Espero terminar pelo menos entre os cinco primeiros", comentou.

 

NOVAS METAS -  Flávio, que compete na categoria 30 a 34 anos, é especialista no short (prova de curta distância), mas estreará no Half (meio) Ironman, conhecido como 70.3 (se refere à metade da distância, em milhas), em solo norte-americano. Assim, percorrerá 1.900 m de natação, 90 quilômetros de ciclismo e 21 quilômetros de corrida.

 

Totalmente adaptado às novas exigências do 70.3, a média de 10 a 12 treinos por semana é realizada sempre de acordo com as brechas dos afazeres profissionais.

 

A corrida é feita em parques e na pista do (Centro Esportivo) São José, com atletas de elite da equipe BM&F. Nado no Aramaçan. "A parte de ciclismo geralmente é feita à noite, então pedalo em casa mesmo, com a bicicleta adaptada a um rolo (parada). Isso é mais uma adaptação que deu certo", afirmou.

 

TRIATLOMOBILISMO - No Half (meio) Ironman de Miami, haverá participação de pelo menos 24 países. O fato inusitado da vez fica por conta da presença de duas estrelas do automobilismo na mesma categoria de Flávio: o brasileiro Antonio Pizzonia (Stock Car) e o inglês Jenson Button (Fórmula 1).


"Vai ser interessante começar lado a lado com eles e depois comprovar como será a performance de ambos no novo esporte. Isso comprova que o triatlo está consolidado como uma das modalidades mais completas e carismáticas do mundo", afirmou.


O triatleta também ressaltou que todo esforço desprendido na auto-gestão da carreira jamais deve ser visto em sentido negativo, e prefere um tom visionário.

 

"Todos deviam ter ideias para promover o que têm de melhor. Isso é mais nobre do que só reclamar por falta de apoio, como a maioria ainda faz. Boas visões de marketing abrem muitas portas hoje em dia. Mas nem todo mundo sabe valorizar isso", avaliou.

 




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