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Paço entregará prédio da Sosp para conter aluguéis

Sto.André gastava R$ 8,4 mi ao ano apenas com despesas de locação para alocar 54 imóveis

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/07/2017 | 07:01
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Nario Barbosa/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), vai entregar o prédio da antiga Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), na Rua Catequese, em área nobre da cidade, para economizar gastos com aluguel. O Paço desembolsa hoje o valor de R$ 199,37 mil ao mês (sendo R$ 176,8 mil relativo à locação da unidade, mais R$ 22,5 mil de condomínio) apenas com essa despesa específica do espaço – são R$ 2,39 milhões anuais. O contrato vigente, assinado e estendido desde a gestão Aidan Ravin (PSB), está prestes a se encerrar e não será renovado.

A administração tucana confirmou que não haverá prorrogação do vínculo, pontuando que o prédio “deverá ser esvaziado até o dia 15 de agosto”. Alegou que a medida integra pacote de choque de gestão aplicado para redução de custeio da máquina – o município arcava no início do exercício com montante de R$ 8,4 milhões em locações de 54 imóveis, que alojam órgãos públicos (total de R$ 700 mil mensais). O equipamento em questão abriga atualmente as secretarias de Educação, Manutenção e Serviços Urbanos, Mobilidade Urbana e SATrans, autarquia que gerencia o transporte local. As Pastas, segundo a Prefeitura, serão alocadas no Paço Municipal, nos prédios do Executivo e da Cultura.

Com a ação, o Paço apontou que agora mantém aluguel de 46 imóveis, na quantia total de R$ 535 mil por mês, “diminuição que representa economia de quase R$ 2 milhões por ano”. O edifício na esquina da Rua Catequese com a Avenida Padre Anchieta é totalmente ocupado pela Prefeitura, sendo 14 andares direcionados para as salas das secretarias.

Até 2009, as Pastas de Obras e Serviços Públicos eram acomodadas em prédio municipal, na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na região da Vila Luzita. O espaço foi desocupado na ocasião e cedido ao governo do Estado para abrigar o AME (Ambulatório Médico de Especialidades).

Antes da decisão de liberar o prédio da Sosp, o primeiro imóvel desocupado pelo atual governo, em março, ficava na Praça do Carmo e recebia a Ouvidoria do SUS (Sistema Único de Saúde), escola da Saúde e comitê de pesquisa. Os órgãos foram transferidos para espaço no Centro, onde fica a Pasta da Saúde. A contenção com esse edifício se dará em R$ 186 mil no ano.

No começo da gestão, Paulo Serra adiantou pretensão de zerar o pagamento de locação de prédios. A lista de aluguéis inclui, no entanto, convênios com cartórios e delegacias. À época, o tucano sinalizou que existem equipamentos ociosos que podem ser utilizados como alternativa, elencando, por exemplo, o imóvel da Rhodia, espaço embaixo do Estádio Bruno Daniel e prédios na Rua Ilhéus (onde já foi o trânsito) e na Avenida Ramiro Colleoni, além do Tersa (Terminal Rodoviário de Santo André).  




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