O seminário prevê para esta quarta um debate sobre o financiamento aos municípios e o desenvolvimento local, com participação de representantes dos Ministérios da Cidade, do Planejamento e da Fazenda, do Banco Central, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Fórum de Prefeitos. Também serão promovidos debates sobre problemas e propostas para o financiamento aos municípios.
Na terça, ministro José Graziano, da Secretária de Segurança Alimentar e Combate à Fome, apresentou o programa Fome Zero, um dos principais temas do seminário, em detalhes para os prefeitos. O ministro recebeu diversas sugestões sobre como criar conselhos de segurança alimentar nos municípios, que coordenariam a produção, estocagem e distribuição de alimentos. Outra idéia foi o programa que prevê que cidades e bairros com melhor condição alimentar ajudem os que estivessem em situação crítica.
Após a palestra de Graziano, foi pedido aos prefeitos que apresentassem em até 30 dias uma lista dos beneficiários potenciais do Fome Zero. “Isso não é tão difícil, já que grande parte dos municípios já têm cadastros de famílias carentes de outros programas como o Bolsa-Escola e os programas de saúde em casa”, informou o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
Ele acredita que os municípios possam contribuir muito com o programa fornecendo um cadastro e base de dados confiáveis e uma estrutura logística para a distribuição dos alimentos. Pelos cálculos de Pimentel, Belo Horizonte teria entre 30 mil e 40 mil famílias que podem entrar no Fome Zero. “Poderíamos distribuir os cartões e atendê-los rapidamente, especialmente porque já temos experiência com o uso de cartões”, sugeriu.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, viu no encontro uma prova do comprometimento de Lula e do PT no combate à fome. “O PT não é um partido que joga sozinho. Ele escuta as demandas populares e acomoda as forças do poder”, comentou. No ponto de vista dele, o Fome Zero não é um programa clientelista ou eleitoreiro, mas deve ser associado a mudanças econômicas que levem ao desenvolvimento.
Prefeitos de municípios menores também vêem o Fome Zero com bons olhos. É o caso de Fábio de Paiva, prefeito de Tocantins, cidade com 15 mil habitantes situada na Zona da Mata de Minas Gerais. Ele acredita que o programa permitirá a circulação de mercadorias em dinheiro em algumas áreas mais pobres do país. “O Fome Zero dará um fôlego para a população carente até que o país volte a crescer. Os recursos precisam voltar a chegar aos municípios”, destacou.
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