Política Titulo São Bernardo
De Nadai nega irregularidades, mas confirma recuperação das sócias
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/04/2017 | 07:00
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A De Nadai negou irregularidades no contrato de um ano, no valor de R$ 25,9 milhões, entre a Prefeitura de São Bernardo e a empresa Convida Refeições Ltda, que faz parte do grupo, firmado no ano passado, ainda durante o governo Luiz Marinho (PT). O polêmico convênio, sob suspeita de fraude por suposto direcionamento na licitação, se encerrou no dia 13 e prevê fornecimento de merendas e material de limpeza ao Paço. A companhia rechaçou que a Convida, vencedora do certame, tenha entrado em recuperação judicial, alegando que a situação compete às suas sócias.

O MP (Ministério Público) investiga eventual favorecimento no processo. Segundo a Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), a Convida Refeições pertence à De Nadai Alimentação e Serviços Ltda e à Convida Alimentação Ltda. As duas sócias da Convida são quem, no caso, estão em processo de regularização. Por nota, o grupo sustentou que, apesar de a empresa que concorreu na licitação “não estar em recuperação, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) já decidiu, em diversos casos, que é permitida a participação de empresas (nestas condições) em certames”.

A companhia reiterou que existe uma única negociação de recuperação, sendo que o processo “inclui dois CNPJs, que são a Convida Alimentação – este CNPJ só permanece em uso pelo grupo no Rio de Janeiro – e De Nadai Alimentação – este CNPJ está praticamente desativado.” Na nota, o grupo reforça que a Convida Alimentação está inabilitada no momento, por estar em recuperação, e não possui contratos com o setor público.

Relatório do TCE aponta não só o aspecto da recuperação, mas também o fato de a empresa ser ré em processos que apuram improbidade administrativa, além de resgatar que a Convida e a De Nadai fizeram parte de eventual desvio e superfaturamento deflagrado em 2011 pelo MP, conhecido como a ‘primeira Máfia da Merenda’. A Promotoria de Patrimônio Público, órgão ligado ao MP, investiga o contrato, que agora cabe ao atual prefeito Orlando Morando (PSDB) decidir sobre a renovação ou não do termo. A administração do tucano ainda não se posicionou a respeito do episódio.

Sobre os esclarecimentos solicitados pelo MP, o grupo justifica ter prestado todas as informações solicitadas em julho. “Está à inteira disposição das autoridades.” 




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