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Clubes do interior desafiam grandes do Estado nas quartas de final do Paulistão
01/04/2017 | 07:00
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As quartas de final do Campeonato Paulista começam neste sábado com dois jogos - Ponte Preta x Santos e Botafogo x Corinthians. Neste domingo, mais duas partidas: Linense x São Paulo e Novorizontino x Palmeiras. Em comum, os encontros que definirão os semifinalistas do torneio estadual apresentam duelos entre os grandes clubes e equipes do interior do Estado e as brutais diferenças de orçamento, folha salarial do elenco, infraestrutura, entre outras.

Um dos mais tradicionais clubes do interior, a Ponte Preta conta com a força do seu estádio para tentar superar o Santos. No Moisés Lucarelli, o aproveitamento do time de Campinas (SP) é de 61,1%, com três vitórias, dois empates e apenas uma derrota.

O time tem uma folha menor que a do adversário (aproximadamente R$ 1,2 milhão) e um teto salarial de R$ 150 mil mensais. O vice-presidente Giovanni Dimarzio reconheceu a importância de atuar em casa. "Nossa torcida sempre faz uma festa linda no Majestoso e isso é importante para valorizar o fator campo. Certamente, agora não será diferente".

Dentro de campo, destaque para a dupla formada por William Pottker e Lucca - juntos eles já marcaram 13 gols. O time ainda conta com a experiência de Aranha no gol.

O Botafogo chegou às quartas de final com uma das folhas salariais mais baixas do campeonato. A diretoria paga para os atletas algo em torno de R$ 300 mil mensais. Gerson Engrácia, presidente da equipe, foi sincero na projeção do confronto contra o Corinthians. "A gente sabe que é muito difícil, mas não é impossível. Vamos lutar e quem sabe o Sargento Garcia não consiga derrotar o Zorro. No futebol, nem sempre quem mais investe é quem ganha", disse.

Em relação ao elenco, o lateral-esquerdo Fernandinho, o meia Rafael Bastos, o atacante Kauê, além do zagueiro revelado pelo clube Matheus Mancini, filho do técnico da Chapecoense, Vagner Mancini, têm se destacado. "Seguramos 60% do elenco que disputou a Série C ano passado e reforçamos o elenco com uns 10 jogadores que chegaram para ser titulares", explicou o dirigente.

O Linense precisou fazer uma opção mais arriscada em termos técnicos e vai jogar as duas partidas contra o São Paulo no estádio do Morumbi, na capital paulista, com renda dividida. A diretoria espera que o dinheiro que a equipe de Lins (SP) vai receber a ajude a chegar ao final do ano com as contas em dia.

Se o São Paulo tem folha salarial mensal que gira em torno de R$ 6,5 milhões por mês, o Linense, adversário do time tricolor nas quartas de final, gasta entre R$ 450 e R$ 500 mil e tem o meia Thiago Humberto como principal estrela. O jogador de 31 anos tem passagens pelo Internacional, Vitória e Ceará e é o artilheiro da equipe no Paulistão.

O Novorizontino vê o confronto contra o Palmeiras como um prêmio pelo trabalho de reconstrução. O clube foi fundado com um outro nome em 2012, após a cidade ter ficado 13 anos sem times profissionais. "Nosso segredo foi trabalhar passo a passo. Quando montávamos o elenco, o foco era ter resultados na divisão em que estávamos, sem pensar em objetivos muito altos", explicou o presidente Genilson Santos.

A média salarial da equipe é de R$ 25 mil, enquanto que o teto é de R$ 35 mil. Entre os jogadores mais conhecidos estão o zagueiro Jéci, ex-Palmeiras, e o atacante Nilson, ex-Santos.




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