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Como se forma o cocô?
Por Nayara Fernandes
Especial para o Diário
28/11/2010 | 07:13
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O cocô é formado por restos de comida, que seguem longo caminho pelo organismo até chegar ao intestino grosso (último local por onde passam), de onde é eliminado pelo ânus. Entretanto, antes disso, o que comemos passa por duas transformações.

A primeira ocorre assim que engolimos o alimento. Ainda na boca, é triturado pelos dentes e substâncias contidas na saliva, que o preparam para que chegue ao estômago. Nessa fase, arroz, feijão e tudo mais que engolimos é transformado em pedacinhos bem pequenos, da largura de um fio de cabelo.

A segunda etapa começa no estômago, onde a comida recebe outras substâncias que atuam na digestão das gorduras e proteínas. Em seguida, o intestino absorve os nutrientes necessários para o desenvolvimento e para nos manter vivos. Por fim, o que não é aproveitado se transforma no cocô.

Ao analisá-lo pelo microscópio, é possível identificar substâncias que o organismo não absorveu, como fibras. Essas fibras, como a pele do tomate, têm grande importância na formação das fezes. Ajudam a fazer a liga com os demais restos e a passar rapidamente pelo sistema digestivo; por isso, é preciso comer alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais.

NÃO É TÃO RÁPIDO - A comida pode demorar até três dias para ser eliminada. Assim é considerado normal ficar esse tempo sem defecar. No entanto, se demorar mais do que isso é preciso procurar um médico. Também é importante que as fezes tenham consistência e não causem desconforto na hora de evacuar.

Seu cheiro forte é resultado da ação das bactérias que vivem no intestino. Dependendo do que a gente come, o cheiro fica pior.

Saiba mais:

O pum é o resultado do ar ingerido com a comida enquanto falamos, além da decomposição dos alimentos pelas bactérias que moram no intestino. Um desses gases é o metano que, por ser mais leve do que o ar, sobe rapidamente para a atmosfera; por isso, é fácil sentir seu cheiro. Alguns grãos (feijão, ervilha), verduras (repolho) e legumes (couve-flor) provocam mais gases. A quantidade varia, já que cada pessoa tem um tipo de bactéria diferente no intestino. Dormindo ou acordado, todo mundo solta pum; em média, de 15 a 20 por dia, o que equivale a 1 litro e meio de gases.

O resto de comida, que chega ao intestino grosso para virar cocô, vem acompanhado de muito líquido, que se perde pelo caminho; por isso é importante beber bastante água. Lá vai endurecendo aos pouquinhos enquanto fica armazenado (não é eliminado logo depois de formado) no reto, órgão que fica antes do ânus. Quando atinge determinado volume, o cérebro faz com que uma válvula se abra e deixe o cocô sair. Entretanto, é possível segurá-lo até encontrar o vaso sanitário. Mas faz mal segurar a vontade; só quando necessário. O ideal é criar o hábito de eliminá-lo todos os dias na mesma hora.

Por que é sempre marrom?

O cocô é marrom por causa de várias substâncias presentes no intestino, entre elas a bilirrubina, que é avermelhada. Elas se misturam com os restos de alimentos que não foram absorvidos pelo organismo e formam o chamado bolo fecal, o cocô. É por isso que toda essa mistura fica marrom. A cor fica mais forte ou fraca, dependendo do que é ingerido.

É comum ver no cocô pedacinhos de milho e feijão, entre outros alimentos ricos em fibras, que são mais difíceis de serem digeridos. Mas o que a gente vê é só a casquinha, não o feijão inteiro. Já macarrão e arroz, por exemplo, são de fácil absorção e por isso não é comum vê-los. Se isso ocor- rer é preciso procurar um médico, porque pode indicar problema de saúde.

Por que o xixi é amarelo?

A bilirrubina (que dá cor marrom ao cocô) aparece de novo para influenciar a cor do xixi. Mas desta vez, também tem outras duas substâncias, o urocromo e a creatinina. As três fazem parte da composição do sangue e são filtradas pelo rim enquanto a urina é produzida. Assim quanto mais água bebemos, mais diluímos essas substâncias e mais claro fica. Afinal é a água que ajuda a eliminar as impurezas do organismo por meio do xixi. Quando há pouca água no organismo, a cor fica amarelo-ouro e o cheiro mais forte. Também fica mais fedido quando o xixi fica muito tempo em contato com as batérias do ar, sem dar descarga.




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