Cíntia Bortotto Titulo Carreira
Eleição conservadora gera reflexão
Por Cíntia Bortotto
28/11/2016 | 07:08
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Não há como não ser impactado com o resultado das eleições norte-americanas. Muita gente tem me perguntado: este tema pode afetar o mundo do trabalho?

O mercado norte-americano está cheio de esperanças de que Donald Trump, por ser um executivo de sucesso, ajude na recuperação da economia do país. Acompanhamos que o mercado internacional ficou mais mexido com a possibilidade da eleição do que efetivamente após. Ele é uma pessoa polêmica, há muitas incertezas e sempre a possibilidade de reações ruins da opinião internacional a muitas atitudes e posições. Podemos sim ter um estremecimento internacional porque o extremismo, quando se trata de culturas e pessoas muito diferentes, não é bem visto. Vejo muito risco nas relações globais.

No mundo corporativo, percebo que tínhamos mais receio por conta das questões econômicas, e como isso ainda não se confirmou por enquanto, vejo que as pessoas ainda estão meio que esperando as manifestações do novo presidente no início do ano que vem. De maneira prática no curto prazo, para nosso mundo do trabalho, emprego e desemprego, não vejo isso afetando tanto a vida das pessoas aqui no Brasil, a não ser que a manifestação do Trump seja muito exagerada e influencie muito as relações entre os países e, portanto, a economia, câmbio e as empresas que têm uma atuação mais globalizada.

No entanto, quando analisamos de um ponto de vista um pouco mais amplo, vemos que esse resultado pode afetar sim nossas vidas. Num médio prazo, acordos podem deixar de acontecer, pessoas podem passar a ser discriminadas em prol de uma visão mais simplista e egocêntrica e tudo isso pode gerar uma ausência de parcerias no futuro.

Pensando em uma visão mais cultural, quando vemos migrações restritas, perdemos a troca de cultura e experiências e isso pode causar um empobrecimento que uma postura mais aberta evitaria. Podemos sofrer de uma maneira mais etérea.

De maneira geral, se olhamos para uma eleição como esta, vemos uma discussão bem forte que se faz dentro das companhias sobre a diversidade e aceitação das diferenças e ou a falta de flexibilidade em prol de um resultado ou objetivo que se queira alcançar. Vemos um discurso muito forte nacionalista em detrimento de uma visão mais global, que é o que tínhamos antes. Nas empresas multinacionais, buscamos aceitação e uma mente aberta para um resultado diferenciado, não apenas financeiro, mas um resultado de sustentabilidade.

Então fica aqui uma reflexão para todos sobre a forma como estamos respeitando a diferença e como lidamos com nossas verdades. Siga confiante e boa sorte!
 




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