Eleições 2016 Titulo Santo André
Rivalidade em S.Bernardo pode pesar apoio de Salles

Candidato do PPS diz que acirramento entre Alex e Morando tende a influenciar decisão no 2º turno

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/10/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O acirramento entre os candidatos a prefeito Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB) no segundo turno da eleição em São Bernardo deve influenciar na decisão de apoio do PPS de Santo André, partido que teve Raimundo Salles na disputa majoritária. Quinto colocado no páreo, o prefeiturável andreense, que definiria ontem seu posicionamento entre o atual prefeito Carlos Grana (PT) e o ex-vereador Paulinho Serra (PSDB), admitiu prorrogação do prazo para segunda-feira e continuidade nas conversas internas por conta do impasse atrelado à cidade vizinha. “O problema é porque o (correligionário) Alex (Manente) trava disputa feroz contra candidatura do PSDB. Pode pesar”, pontuou Salles.

O adiamento foi defendido em reunião da executiva local do PPS, presidido pelo próprio Salles. Diante da conjuntura regional, a maior probabilidade, segundo o popular-socialista, é optar pela isenção no processo, sem aderir a qualquer projeto. “Tem corrente dentro da legenda sugerindo pela neutralidade, se não houver convergência com as forças políticas. Vejo que essa é a tendência, caminhar desta maneira. Entendo ser o rumo mais acertado, liberando o partido e deixando os candidatos à vontade para apoiar quem quiser”, avaliou o prefeiturável. O ex-vereador Marcos Medeiros (PPS), integrante da cúpula municipal, foi designado para dialogar com os rivais para tratar de eventual acordo.

Salles obteve 17,6 mil votos (5,30%) no domingo, seu pior desempenho em pleito majoritário – o terceiro consecutivo, após participar de 2008 e 2012. Ele reiterou que a conversa “não passará por discussão de secretaria”. “Não vou participar de governo nenhum nem pretendo entrar em eleição. Isso está sacramentado. Entendemos por bem fazer algum tipo de diálogo para não dizer que somos intransigentes, mas se não houver avanço podemos liberar para cada um seguir seu caminho”, disse, ao complementar que se o PPS concretizar a neutralidade ele tende a revelar apenas seu voto. “Caso contrário, seja qual for a decisão, vou seguir.”

Apesar do resultado abaixo do esperado na disputa ao Paço, o PPS conquistou duas cadeiras na Câmara (Fábio Lopes e Rodolfo Donetti). Salles era considerado como fiel da balança nos pleitos anteriores, depois de ficar na terceira posição, papel hoje apontado desta vez ao vereador Ailton Lima (SD) – quarto colocado, com 49,9 mil votos (14,98%), que anunciou apoio a Paulinho – devido ao perfil do eleitorado, ligado, principalmente, ao meio evangélico e à região do 2º Subdistrito.

Em contrapartida, após o apuração das urnas na cidade, Grana falou que não queria “acordo com ninguém” no segundo turno ao completar que já fez, em 2012, tratativas com agentes políticos e na hora que mais precisou de apoio foi traído por então aliados – o PT, por outro lado, fez contato com Ailton Lima. Paulinho também tem evitado acolher outras adesões nesta fase final, visando colocar-se como novo. 




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