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‘Viela de esgoto’ é transtorno para pedestre
Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
03/04/2006 | 08:03
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Um vazamento de esgoto impede a passagem de pedestres por uma viela que liga a rua José Bonifácio à avenida Pereira Barreto, na Vila Assunção, em Santo André. Com as fortes chuvas dos últimos dias, a situação se agravou e a sujeira invadiu o quintal do aposentado João Batista de Almeida, 52 anos. Ele teme que o muro dos fundos de sua residência desabe por causa das infiltrações.

A local contrasta com a visão que se tem do Parque Central. É que a viela está situada justamente na porta de entrada do espaço público, que passou por reformas – ganhou pista de caminhada, ciclovia e áreas verdes – e foi reaberto em abril do ano passado.

Segundo Almeida, o esgoto vaza há cerca de três meses. “Cansamos de ligar para o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Dizem que vão mandar alguém examinar o que está ocorrendo, mas até agora não apareceu ninguém. O mau cheiro é insuportável”, reclama. O local é usado como passagem para moradores do bairro e também da Vila Paraíso.

Antes de apresentarem uma resposta sobre o caso, Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tentaram se isentar da responsabilidade pelo vazamento. Inicialmente, o Semasa informou ter constatado o problema no último dia 14, mas que o vazamento estaria ocorrendo em um coletor-tronco da Sabesp.

A estatal admitiu ter o coletor naquela região, mas alegou que o mesmo não está em operação porque depende da conclusão das obras, prevista para 2008. Dessa forma, segundo a estatal, o coletor não poderia estar recebendo nenhuma contribuição de esgoto. Questionado novamente sobre o caso, o Semasa admitiu que o coletor recebe esgoto indevido. A autarquia municipal se comprometeu a fazer o reparo. Informou que para isso está preparando um projeto, cujo estudo deve ficar pronto em 15 dias. Após esse prazo, será enviado para execução. A realização da obra ainda não tem prazo previsto.

O abandono da área facilitou a vida de oportunistas, que aos poucos estão transformando a área num aterro sanitário. Além do esgoto vazando e do mato alto, já foram despejados na viela sacos de lixo, restos de material de construção e um vaso sanitário. “De uma hora para a outra, surgiram os ratos e baratas. É vergonhoso ver como está isso aqui”, protesta Almeida.

Em relação ao acúmulo de lixo e entulho, o Semasa respondeu que a viela é um ponto de descarte cadastrado pela Prefeitura e que o material é recolhido uma vez por mês. Segundo a autarquia, a coleta do entulho passará a ser feita duas vezes.




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