Eleições 2016 Titulo Distância
Agendas conjuntas são esquecidas na região

Prefeituráveis abandonaram atividades dobradas em divisas nesta eleição, contrariando pleitos passados

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
19/09/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Tradicional atividade de campanha eleitoral em pleitos passados, o ato nas divisas de municípios de candidatos do mesmo partido, mas de diferentes cidades, foi simplesmente deixado de lado nesta eleição. A menos de duas semanas da votação do primeiro turno, os 50 postulantes aos Executivos locais não efetuaram sequer um evento com colegas de partidos de municípios distintos, contrastando discurso do período de pré-campanha, quando muitos defendiam o plano.

O Diário verificou com as assessorias dos prefeituráveis e entrou com contato com alguns e constatou pouco esforço para concretização da agenda dobrada.

Em eleições passadas, os eleitores cansaram de ver atos conjuntos, inclusive com nomes da Capital. Em 2012, por exemplo, o então candidato Fernando Haddad (PT) uniu forças com o prefeiturável petista de Diadema, Mário Reali, que buscava a reeleição. Postulante em Mauá há quatro anos, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), hoje fora da disputa, combinou ato com o candidato Celso Russomanno (PRB), de São Paulo, em pontos de divisa.

A mudança foi atribuída por muitos pelo novo formato de disputa, que reduziu de 90 para 45 dias o período de propaganda eleitoral. A outra tática também justificada pelas dificuldades econômicas e até foco nos eleitores locais, por conta da crise política. Contudo, o atual quadro de candidatos mostra falta de sinergia entre os correligionários que lideram projetos.

O ponto mais discrepante ocorre entre os representantes do PT – os que mais utilizavam da prática no passado. Os prefeitos Carlos Grana, de Santo André, e Donisete Braga, de Mauá, não cogitaram atos conjuntos. Assim, como o postulante em São Bernardo, o ex-secretário Tarcisio Secoli, que priorizou apenas a companhia do atual chefe do Executivo, Luiz Marinho (PT). “Eu tentei ver essa situação, mas é uma eleição diferente, com menos tempo. Acho que todos priorizarão mais isso no segundo turno”, argumentou o prefeiturável petista em Diadema, o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho.

Entre os representantes tucanos, a atividade também não foi pautada. Nome do partido em São Caetano, o ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) não tem proximidade com os demais candidatos da legenda, exemplos de Paulinho Serra, de Santo André, e Orlando Morando, em São Bernardo.

Um dos candidatos que cogitou ação foi Raimundo Salles (PPS), de Santo André, citando possível elo com o deputado federal e prefeiturável são-bernardense Alex Manente (PPS). O discurso, no entanto, não avançou. “Não conseguimos efetivar (agenda) até o momento”, pontuou Salles.




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