Maskelyne nunca disparou sequer um tiro durante a batalha, mas suas façanhas mirabolantes tiveram papel fundamental na vitória dos aliados no norte da África. Entre muitos de seus triunfos, está o desaparecimento do Canal de Suez, por meio da instalação de várias luzes estroboscópicas giratórias que despistaram os pilotos.
O ilusionista fez aparecer um navio de guerra no rio Tâmisa, em Londres, usando apenas uma maquete e espelhos. Foi encarregado de comandar a Unidade de Camuflagem dos Engenheiros Reais do exército britânico. Enviado para o Egito, lá realizaria algumas de suas missões.
Uma delas era evitar que as tropas alemães, lideradas pelo general Erwin Rommel, bombardeassem o porto de Alexandria. Maskelyne montou a cinco quilômetros do local um cenário que reproduzia a mesma iluminação do porto, o que acabou confundindo os aviões nazistas.
No entanto, a maior façanha de Maskelyne aconteceu em 1942, quando conseguiu convencer o general Rommel de que a oitava brigada do exército britânico estava no sul do deserto egípcio, pronta para o ataque em Alamein, quando na verdade estava no norte.
Embora tenha sido elogiado pessoalmente por Winston Churchill e caçado por Adolf Hitler, Maskelyne viveu o resto de seus dias praticamente no anonimato, como fazendeiro do Quênia.
O Círculo Mágico, associação britânica de mágicos e ilusionistas, recebeu a notícia a respeito do filme com satisfação. “Qualquer coisa sobre mágicos é uma boa notícia e Maskelyne é descendente de uma fantástica dinastia de mágicos”, declarou Jack Devlin, porta-voz da instituição, referindo-se ao parentesco de Jasper Maskelyne, neto de John Nevil Maskelyne, um dos pioneiros da mágica britânica.
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