O anúncio de Fujimori gerou reaçoes de condenaçao dos principais candidatos independentes e de setores da oposiçao, que advertiram que um provável terceiro governo, com o qual completaria 15 anos no poder, abriria uma etapa de insegurança e confronto político, de graves repercussoes para o país.
Um conjunto de dez partidos políticos, de direita, centro e esquerda, emitiu na madrugada desta terça-feira um comunicado em que afirma que a anunciada candidatura do mandatário peruano constitui uma provocaçao irresponsável porque viola a Constituiçao peruana, que só permite uma reeleiçao.
"A candidatura do presidente Fujimori é um novo golpe de Estado, orientado a consolidar a autocracia hoje imperante no país", assinala o documento, firmado, entre outros grupos, por Somos Peru, do prefeito de Lima, Alberto Andrade, e por Solidariedade Nacional, de Luis Castañeda, os principais candidatos de oposiçao no Peru.
No dia 5 de abril de 1992, com o respaldo das forças armadas, o chefe de Estado consumou um autogolpe de Estado, fechando o Congresso e reorganizando o Poder Judiciário.
Manuel Masías, porta-voz de Somos Peru, assinalou que se trata de uma candidatura 'espúrea' e que os peruanos estao ante "um messianismo sectário que vai usar todos os recursos do Estado para fins de reeleiçao".
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