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Diretora traz facetas femininas de 5 Estados
10/03/2006 | 09:30
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A última quarta-feira foi um dia de muitas emoções para a equipe de Mulheres do Brasil, o longa de Malu De Martino, produzido por Elisa Tolomelli, que estréia nesta sexta-feira em cinco salas da região e circuito. No horário do almoço, parte dela foi a Brasília assistir a uma exibição do filme para funcionárias do Palácio do Planalto, nas comemorações do Dia Internacional da Mulher. À noite, a diretora e a produtora estavam em Maceió para mostrar Mulheres do Brasil numa exibição especial para as rendeiras que fornecem o quadro para o episódio alagoano.

Malu nem se importou de remontar o filme, numa versão autocensurada, especialmente para a sessão. “Mulheres... têm impropriedade até 16 anos e nós vamos exibir o filme em praça aberta, para uma platéia formada por crianças e adolescentes, além do público adulto”, explicou à reportagem, numa entrevista por telefone, a caminho de Alagoas. Documentarista, diretora do curta Ismael e Adalgisa, Malu tem consciência de haver aprendido muito no processo de realização desse filme.

Afinal, Mulheres do Brasil foi feito em cinco cidades (Salvador, Maceió, Curitiba, Rio e São Paulo), com equipes e patrocínios locais. Elisa Tolomelli, que ministra cursos de produção pelo país, costurou parcerias regionais. “O fato de termos trabalhado com equipes locais, inclusive com a preocupação de formar mão-de-obra, motivou muita gente e também deu autenticidade a cada episódio.” A mistura de documentário e ficção também rendeu bons dividendos, assegura a diretora. “Pela própria duração de cada história, em torno de 20 minutos, sabia, desde o começo, que não conseguiria aprofundar todos os temas, mas a pontuação documental deu mais consistência ao conjunto.”

Começa com o episódio de Salvador, com Camila Pitanga como a garota de programa que vira amante de um político e, após o rompimento litigioso com ele, cai, literalmente, na vida. A garota de Curitiba, Carla Daniel, é atraída por um radialista que pensa ser o homem de sua vida e também se prostitui. Deborah Evelyn faz a sua amiga. Em Maceió, uma jovem pesquisadora descobre, com Dira Paes, a força das mulheres rendeiras. No Rio, uma porta-estandarte (Roberta Rodrigues) cai na avenida e pensa que, por isso, seu mundo ruiu, mas a história continua. No episódio paulista, uma divorciada (Bete Coelho) tenta retomar a carreira e a vida afetiva. Esta última história fecha um círculo que remete à trama inicial.

Com todas as atrizes, Malu trabalhou uma coisa que persegue em seu cinema, que é a naturalidade. Ela não tem pudor de assumir que Mulheres do Brasil foi feito para entreter. “Gosto de falar de coisas que estejam próximas do universo do público. Por mais superficiais que sejam nossas histórias, elas tocam em temas profundos – solidão, perversão, ilusão, desilusão. Só não pude trabalhar a naturalidade com a Bete, que entrou no projeto depois.” O resultado é simpático, apesar dos clichês, e episódios como os do Rio e Curitiba vão além disso, pois são bons.

MULHERES DO BRASIL (Brasil, 2006). Dir.: Malu De Martino. Com Dira Paes, Bete Coelho, Deborah Evelyn, Roberta Rodrigues. Estréia nesta sexta-feira ABC Plaza 3, Shopping ABC 1, Extra Anchieta 9, Metrópole 3 e Mauá Plaza 5.




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