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Todo dia é dia do hino
Por Do Diário do Grande ABC
05/09/2010 | 07:05
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Tiago Silva/DGABC


Todo mundo aprende na escola que em 13 de abril comemora-se o Dia do Hino Nacional Brasileiro. No entanto, a canção que conhecemos hoje só se tornou oficial a partir de 6 de setembro de 1922, depois que venceu um concurso do governo federal. A letra foi feita por Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, para ser cantada com a música de Francisco Manuel da Silva, que já existia há cerca de 70 anos (os historiadores têm dúvidas sobre o ano exato).

Ana Beatriz Nishio, 10 anos, conhece bem essa história. Com os amigos do Externato Tiradentes, de Santo André, ela canta o hino toda semana e sabe o significado da letra. "Fazemos isso desde a pré-escola. É uma forma de honrar a Pátria e respeitar o País em que nascemos", diz. Antes da oficialização, em 1922, o Brasil teve outros três hinos com letras diferentes.

O Hino Nacional deve ser tocado em cerimônias oficiais do governo, eventos escolares e esportivos. Todos devem cantá-lo no mesmo ritmo e não é permitido alterar a letra nem a melodia. Nas cerimônias oficiais tem de ser cantado por inteiro, mas nos eventos esportivos pode só a primeira parte.

"É falta de educação aplaudir no final ou ficar de qualquer jeito enquanto está sendo tocado. Não pode conversar.Tem de estar concentrado", explica Isabelle Tiemi Ichi, 10. No entanto, não há lei que proíba o aplauso; é preciso avaliar se a situação é adequada ou não.

Lucas Milaré, 10, afirma que todo mundo deveria saber cantar o hino certinho e admira quem chora ao ouví-lo. "Na Copa do Mundo, vi jogadores de outros países se emocionarem, enquanto que alguns brasileiros nem sabiam a música", diz. O garoto reconhece que a letra é um pouco difícil, mas não custa procurar no dicionário o significado das palavras.

Servia para chamar para a guerra
Não é de hoje que os hinos e as bandeiras de um país são usados para demonstrar patriotismo. Segundo os historiadores, até o final do século 19, esses símbolos eram usados quando as nações estavam em guerra para unir e recrutar pessoas para o combate. Prova disso, é que o hino da França encorajava os soldados que lutavam na guerra contra a Áustria, que ocorria no mesmo ano em que a letra foi composta, em 1792.

Durante muito tempo, enquanto surgiam novas nações independentes, novos hinos também eram escritos. O Brasil, por exemplo, só passou a ter um hino com a letra que conhecemos depois que se tornou República (governado por um presidente). Antes, cantavam-se várias músicas com letras diferentes em festas e solenidades.

Em alguns países, o hino é tocado todos os dias na escola antes do início das aulas; em outros, é executado antes de apresentações de teatro e de cinema. O Hino Brasileiro é considerado um dos mais bonitos do mundo. Há quem diga que a letra só perde para o da França.

São quatro símbolos da Pátria
Desde o ano passado, uma lei federal obriga as escolas (particulares e públicas) de Ensino Fundamental a executarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana. Outra determinação mais antiga, de 1971, diz que deve-se ensinar o significado da letra. As escolas municipais do Grande ABC e todos os colégios estaduais respeitam a lei.

Além do Hino Nacional, o Brasil possui outros símbolos que o representam. No livro Símbolos do Brasil (Cristina Von, Callis Editora, 32 págs., R$ 19), Marília faz uma viagem pelo mundo da história para descobrir curiosidades sobre as representações de nosso País.

Confira os símbolos do Brasil:
Bandeira Nacional foi criada em 1822. As 27 estrelas representam os 26 Estados e o Distrito Federal. A posição de cada uma retrata o céu do Rio de Janeiro no dia da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Armas Nacionais formam uma espécie de escudo que deve ser usado no palácio da Presidência da República e em edifícios oficiais, como prefeituras e câmaras municipais.

Selo Nacional - composto por um círculo como o do centro da bandeira - é usado para certificar os atos do governo e os diplomas de escola.

Consultoria de João Paulo Garrido Pimenta, professor de história da Universidade de São Paulo.




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