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Mutuários criam movimento para destituir a Santa Luzia
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
30/10/2010 | 08:53
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Em reunião ontem no auditório da Câmara de Santo André, mutuários do Residencial Alemanha (cuja obra encontra-se parada há um ano, no bairro Camilópolis) apresentaram à direção da Associação Santa Luzia abaixo-assinado para destituir a entidade da administração do projeto.

A intenção do grupo é formar outro órgão gerenciador, a Associação de Construção Comunitária dos Mutuários do Projeto Residencial Alemanha, que aguarda obtenção de CNPJ. A partir daí, entrará na Justiça para tentar demover a Santa Luzia da administração do residencial. Já foram coletadas assinaturas de 70 das 138 famílias atendidas pela obra.

Indicada para presidir a associação a ser criada, Regina Nakamatsu apresentou abaixo-assinado ao presidente da Santa Luzia, Gilmar Barbosa, que prontamente recusou-se a avaliar o documento.

A vice-presidente da Santa Luzia, Cíntia Alves dos Santos, minimizou o movimento. "Tentam transmitir informação falsa. Não é assim que as coisas são. Isso não tem apelo jurídico", contestou.

Paralelamente ao movimento, a reunião esclareceu os mutuários sobre a fase atual do Residencial Alemanha, e apontou alternativas para retomar a obra que, segundo a Santa Luzia, tem 24% executada. A primeira delas foi a confirmação do abandono do sistema mutuário para a contratação de construtora para finalizar o edifício.

A empresa escolhida foi a Caruso, que semana que vem deverá entregar orçamento para a conclusão da obra à Caixa Econômica Federal (responsável pelo financiamento). Após aprovação dos valores, o banco fará o refinanciamento junto aos mutuários. O gerente regional da Caixa, José Antônio de Oliveira, não estipulou prazo para retomar as obras.

Quanto à possibilidade de troca de associações, disse ser "situação interna entre a Santa Luzia com associados". "A Caixa não pode se manifestar sobre fato não concreto."

A paralisação das obras e necessidade de refinanciamento, segundo a Santa Luzia, deram-se pelo alto grau de inadimplência e pelo fracasso do sistema mutuário, que, de acordo com a entidade, foi abandonado pelas famílias. Já grupo de mutuários alega que o motivo é a má administração de recursos e falta de transparência nas contas do projeto.

 




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