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Ativistas da Jihad Islâmica morrem em bombardeio israelense
Da AFP
21/05/2007 | 10:28
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Quatro ativistas palestinos da Jihad Islâmica morreram nesta segunda-feira em um ataque aéreo israelense contra um automóvel que circulava pelo norte da Faixa de Gaza. A informação é de fontes médicas palestinas.

No mesmo dia em que o governo de Israel ameaçou liquidar os principais nomes do Hamas.

O movimento radical Jihad Islâmica anunciou que as quatro pessoas mortas no ataque de Gaza eram integrantes de seu braço militar, as Brigadas Al Qods.

O Exército de Israel confirmou um ataque na cidade de Jabaliya, mas se recusou a divulgar detalhes.

As tropas de Israel atacam alvos do Hamas desde quarta-feira passada em resposta ao lançamento de foguetes contra seu território. As operações já provocaram 36 mortes.

Eliminar - Mais cedo, o ministro israelense da Segurança Interna e membro do gabinete de segurança, Avi Dichter, anunciou que Israel liquidará o líder do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, na primeira oportunidade.

"É um alvo mais que legítimo e estou convencido de que na primeira oportunidade nos livraremos deles, apesar da dificuldade da missão", declarou Dichter à rádio militar israelense.

"O fato de não estar perto complica as coisas. Porém, já tentamos nos livrar dele e conhece o procedimento", acrescentou.

O Mossad, serviço secreto israelense, tentou envenenar Mechaal em 1997 em Amã, mas a operação não teve sucesso.

"Não está seguro em nenhuma parte, nem em Damasco (onde vive exilado), nem em nenhuma outra parte. E sabe perfeitamente disso", destacou.

Questionado sobre o destino reservado ao primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, Avi Dichter lembrou que este já foi alvo de uma tentativa de eliminação por parte de Israel em 2004.

Na época, Israel assassinou sucessivamente os dois principais dirigentes do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, fundador do movimento, e Abdelaziz Al-Rantissi, que o sucedeu no comando o grupo radical.

"Se Haniyeh pertence ao grupo dos que dão as ordens para cometer atentados, isto o transforma em um alvo legítimo", disse Dichter.

"Está ligado ao grupo que está por trás do terrorismo que atua contra nós, mas ignoro se faz parte dos que dão as ordens diretamente", concluiu o ministro israelense.

Outros três ministros, também membros do gabinete de segurança, mencionaram a possibilidade de que os "assassinatos programados" efetuados pela aviação israelense desde a semana passada contra dirigentes do braço armado do Hamas se estendam às autoridades políticas.

"Se o Hamas prosseguir com os disparos, os membros da direção política deste movimento entrarão em nossa lista de objetivos", advertiu Gideon Ezra, ministro do Meio Ambiente.

"Todos os envolvidos no terrorismo estão na mira" disse o ministro das Infra-Estruturas, Binyamin Ben Eliezer. "Todas as opções estão abertas e ninguém pode pretender a menor impunidade", comentou o ministro do Turismo Yitzhak Herzog.




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