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Com eleição, 17% dos vereadores mudam lado

Devido à proximidade do pleito, parlamentares da região trocam posição por apoio a candidaturas

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/04/2016 | 07:00
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Com vistas ao processo eleitoral de outubro, 16,9% dos vereadores do Grande ABC mudaram recentemente de posição política na Câmara e hoje inclinam-se por apoio a candidaturas opostas àquelas representadas na maior parcela do mandato nas respectivas cidades. Ao todo, nos sete municípios, 24 parlamentares – no limite de 142 – deixaram a órbita inicial de atuação no Legislativo, a maioria, inclusive, saindo de seu partido e acomodando-se em outra linha de sucessão ao Paço. A exceção fica por São Caetano, onde nenhum integrante com cargo eletivo trocou de lado.

São Bernardo e Mauá são as cidades com índice mais alto de modificação no quadro, com seis representantes cada. Na primeira, por exemplo, o número indicado da lista (veja arte acima) fazia parte da bancada de sustentação ao prefeito Luiz Marinho (PT) e agora vai compor com nomes ligados à oposição no pleito de outubro. Fabio Landi (migrou do PSD para o PSB), Rafael Demarchi (do PSD ao PRB), João Batista (do PTB para PRB) e Martins Martins (do PCdoB ao PHS) alteraram de legenda e estarão na coligação do deputado federal e pré-candidato à Prefeitura pelo PPS, Alex Manente, ou do nome indicado pelo PSDB na corrida eleitoral, o deputado estadual Orlando Morando. Antonio Cabrera, por sua vez, embora não tenha abandonado a sigla, saiu da base para entrar no arco de Alex.

Na Câmara mauaense, o caso de Rogério Santana (Rede) é o que contém maior significado. Ele pediu licença do Legislativo e assumiu posto de secretário do governo do então correligionário Donisete Braga (PT), mas rompeu com a gestão, deixando o primeiro escalão e o petismo. Atualmente, coloca-se como alternativa ao Paço. Admir Jacomussi (PRP), Professor Betinho (PSDC) e Betinho da Dragões (PR) eram governistas e ficarão no projeto do deputado estadual e postulante ao Paço pelo PSB, Atila Jacomussi. Já Edgard Grecco (PSDB), antes da mesma condição, tende a aderir à campanha majoritária tucana de Clóvis Volpi. Sandra Regina Vieira (PTdoB), por outro lado, entrou na base aliada.

Os chefes do Executivo consideram, no entanto, que as opções eleitorais não irão influenciar na governabilidade neste restante do mandato. Essa é a concepção do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT). Na cidade, as mudanças para a disputa sucessória foram pulverizadas. Os vereadores Sargento Juliano (PSB) e Toninho de Jesus (PMN) vão compor com o ex-prefeito e pré-candidato Aidan Ravin (PSB). Marcos Pinchiari (PTB) também passou pela base e estará no arco de Paulinho Serra (PSDB), assim como Elian Santana (SD) que está na aliança do prefeiturável Ailton Lima (SD).

Em Diadema, os parlamentares Célio Boi (PSB), Ricardo Yoshio (PRB), Cida Ferreira (PMDB) e Pastor João Gomes (PRB) sinalizam suporte à pré-candidatura ao Paço do vereador – e que também integrou a sustentação do prefeito Lauro Michels (PV) – Vaguinho do Conselho (PRB).




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