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Enviado da ONU busca uma solução pacífica para crise em Mianmar
Da AFP
29/09/2007 | 14:59
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O enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas), Ibrahim Gambari, chegou neste sábado em Mianmar para tentar convencer o regime a resolver pacificamente a crise política. O diplomata nigeriano disse esperar obter avanços durante sua visita ao país, onde o poder militar continuar a reprimir um amplo movimento de protestos populares.

O emissário enfatizou que levará às autoridades birmanesas uma mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que corresponde à posição do Conselho de Segurança e da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

O programa da visita de Gambari não foi revelado, mas nas visitas anteriores ao país o emissário se encontrou, em várias ocasiões, com o chefe do regime militar, o general Than Shwe, e uma vez com a líder da oposição e Prêmio da Paz Aung San Suu Kyi, que continua sob prisão domiciliar.

A repressão das manifestações pacíficas da oposição registrou até agora 13 mortos, entre eles um jornalista japonês. Estas cifras oficiais podem não corresponder à realidade, já que várias fontes diplomáticas ocidentais afirmaram que o número de vítimas pode ser muito maior.

Segundo o jornal japonês ‘Yomiuri’ deste sábado, o governo japonês vai exigir das autoridades birmanesas que castiguem o responsável pela morte de seu jornalista. A oposição anunciou que as manifestações de protesto prosseguirão em todo o país.

A principal cidade do país, Yangun, está tomada pelas forças de segurança, assim como os principais templos budistas. A conexão da Internet continua cortada. O site de informação Mizzima News, com sede na Índia e administrado por dissidentes birmaneses, não consegue receber nada pela internet desde sexta-feira.

“A Internet continua cortada. É muito frustrante”, declarou Sein Win, responsável editorial do Mizzima News. “A Internet não funciona mais”, confirmou um morador de Yangun, acrescentando que os cybercafés da cidade continuam fechados.

Um responsável do site de informação Irrawaddy News, com sede na Tailândia, indicou igualmente que a conexão continua cortada com Mianmar.

A principal linha de internet em Mianmar foi cortada sexta-feira. Um responsável das telecomunicações atribuiu o problema a um cabo danificado, mas uma fonte ocidental de confiança em Yangun indicou que o corte foi ordenado pela junta militar para impedir a difusão, fora de Mianmar, de informações, fotos e vídeos sobre a repressão dos protestos populares no país.



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