O jornal New York Times anunciou nesta segunda-feira que depois da morte ou captura de inúmeros agentes operacionais da Al Qaeda em seguida aos ataques de 11 de setembro de 2001, uma nova geração de líderes do grupo emergiu nas áreas tribais do Paquistão.

Citando funcionários da inteligência e antiterrorismo americanos não identificados, o jornal diz ainda que este fenômeno causa surpresa e consternação dentro das agências de inteligência dos Estados Unidos.

As autoridades americanas, européias e paquistanesas armaram por meses um quadro da nova direção, enquanto reuniam evidências durante investigações sobre terrorismo.

Informações sobre a nova estrutura da Al Qaeda foram obtidas através de comunicações interceptadas entre agentes operacionais nas áreas tribais do Paquistão.

Também foram importantes os interrogatórios de suspeitos e a evidência material recolhida depois de um complô que investigadores britânicos e americanos disseram ter impedido no passado para destruir vários vôos comerciais que decolariam de Londres.

A investigação desse complô contra companhias aéreas levou as autoridades a concluir que um comandante paramilitar egípcio, chamado Abu Ubaidah al-Masri, era o agente da Al Qaeda no Paquistão que orquestrava o ataque.

As provas sobre al-Masri e várias outras figuras da Al Qaeda levaram a uma nova investigação dentro da comunidade de inteligência sobre a força do núcleo do grupo nas áreas tribais do Paquistão e seu papel em alguns dos planos terroristas mais importantes dos últimos dois anos.

Funcionários da inteligência americana agora acreditam que o núcleo da direção da Al Qaeda ficou debilitado como resultado das campanhas antiterroristas lançadas depois dos ataques de 11 de setembro, mas o golpe não foi devastador como havia se pensado.