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Região registra casos de H1N1

Pelo menos duas ocorrências da chamada gripe
suína foram contabilizadas em Mauá e Sto.André;

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
27/02/2016 | 07:00
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Celso Luiz 29/7/09


Não bastassem a dengue e o zika, o vírus H1N1 volta a registrar casos no Estado. Na região, há pelo menos dois relatos da doença, conhecida como gripe suína, neste ano, um deles ainda em investigação. O Interior enfrenta apreensão: são ao menos sete mortes, cinco delas já confirmadas, causadas pelo vírus desde janeiro, nas cidades de Tabapuã, Santa Adélia, Mirassol (com dois óbitos), Rio Preto, General Salgado e Mendonça.

A Prefeitura de Mauá confirmou um registro da gripe H1N1, sem óbito, mas não informou o mês da ocorrência. “São cerca de cinco casos registrados por semana com síndrome respiratória e, no período, apenas em um foi identificado o vírus H1N1”, declarou a administração, em nota.

Em Santo André, embora a Secretaria de Saúde afirme que não há casos confirmados nem em investigação, familiares de um morador do bairro Campestre dizem que ele contraiu a doença. “Em 2016, até o momento, foram seis casos notificados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), cinco em investigação e um descartado para influenza pelo sistema Influenza Web”, completou a nota.

No entanto, durante evento de vistoria em obras de unidades de Saúde, na manhã de ontem, o secretário Homero Nepomuceno Duarte fez afirmação diferente da nota enviada no fim da tarde pela Pasta. Segundo ele, uma pessoa foi encaminhada a hospital da Capital, mas ainda não se sabia o resultado do exame “e do por que de esse munícipe estar com insuficiência respiratória”. “Ele está internado e passando por exames. Sabemos que ainda há casos de H1N1, não tantos quanto antes, mas acontecem. Vamos aguardar os resultados”, falou.

A mulher do paciente – um homem de 43 anos –, que prefere não se identificar, contou que o diagnóstico foi confirmado como H1N1, no entanto, não enviou documentos. Ainda conforme a mulher, ele ficou uma semana internado em isolamento no Hospital São Luiz, unidade Anália Franco, de onde recebeu alta na quinta-feira. “Ele passou mal e foi direto para o hospital. A princípio, achamos que seria dengue, mas o resultado do exame saiu, comprovando H1N1”, relatou ela. Ao saber que a Prefeitura não confirma casos na cidade, surpreendeu-se. “Que estranho isso.”

Os dois municípios, além de São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires, não registraram casos de H1N1 em 2015. São Bernardo e Rio Grande da Serra não informaram.

A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que os casos graves, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave, são notificados ao Estado. Neste ano, até 19 de fevereiro, foram 44 casos de SRAG relacionados ao vírus H1N1 no Estado, com cinco óbitos”, informa a Pasta.

O infectologista Munir Akar Ayub explica que os sintomas que mais chamam a atenção são febre alta, dor no peito e falta de ar. “Em gestantes, idosos, pessoas que tenham doença pulmonar, pacientes com câncer ou com alguma comorbidade pode ser mais grave.”

A doença é mais comum no inverno e o especialista vê os casos atuais com preocupação. “É estranho acontecer no verão. É muito mais frequente no frio, quando as pessoas ficam em lugares fechados, mais próximas umas das outras. No Interior do Estado, onde faz muito calor, é para ficar preocupado. Isso pode indicar que talvez tenhamos um surto neste ano”, alerta.

Em 2009, o H1N1 trouxe pânico à população, quando 12 mil pessoas foram infectadas só no Estado de São Paulo, sendo que 578 morreram. Nas sete cidades da região, foram registrados, naquele ano, cerca de 700 casos, com 50 mortes. <CS10.1>Em 2013, pelo menos 21 pessoas morreram no Grande ABC.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe começa até meados de maio.




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