Política Titulo Diadema
Lauro condiciona reajuste à alta na economia
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
24/02/2016 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), voltou a condicionar o reajuste aos servidores públicos à melhora nas receitas do município. Há risco de o índice ficar abaixo da inflação e até é cogitado não oferecer aumento neste ano por causa da dificuldade financeira da Prefeitura.

No ano passado, Lauro firmou com o Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) majorar os vencimentos em 7,89%. O percentual seria fatiado e pago em duas frentes: uma obrigatória, de 3,47%, e outra com expectativa na melhora econômica do município, de 4,42%. Somente a primeira etapa foi quitada.

“Estamos estudando o que de melhor poderemos fazer para não prejudicar o servidor e nem a população. O que posso dizer (sobre qual será o índice) é que estamos estudando. Tudo vai depender da economia. A definição vai ocorrer no momento certo. Tenho até maio para conseguir viabilizar. Quero dar o que é de direito, porém, temos de ver se teremos fôlego financeiro para isso. Não vou ficar dando pedaladas fiscais”, disse.

A Prefeitura de Diadema fechou o balanço financeiro do ano passado próximo do limite que pode gastar com servidor público. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que governos municipais destinem até 54% da receita corrente líquida com o funcionalismo, sendo que há o índice de alerta, de 51,3%. Em 2015, Diadema destinou 51,04% de sua arrecadação com os colaboradores do Paço.

Presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno, adiantou que a categoria não vai aceitar reajuste menor do que a reposição inflacionária mais o percentual que deixou de ser depositado no ano passado por problemas financeiros – na soma, o aumento seria de aproximadamente 15%. “Sabemos da situação da economia e vamos propor pauta responsável. Há margem, mesmo que pequena, no Orçamento (para dar o reajuste), não só para os salários, mas para os benefícios, que estão muito defasados. Qualquer percentual menor (do que a inflação) nem é cogitada pela gente.” 




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