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Urbanização do Jardim Santo André provoca transtornos aos moradores

Ruas esburacadas e com pedras soltas atrapalham a rotina da população

Por Leonardo Santos
Especial para o Diário
24/02/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Obra de urbanização com o propósito de levar melhorias à população carente do Jardim Santo André, em Santo André, se tornou transtorno para os moradores. Isso porque os trabalhos, realizados pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), além de caminharem a passos lentos, deixam as ruas esburacadas, cheias de pedras e sem iluminação.

A equipe do Diário esteve nas ruas da Visão e Gamboa e teve dificuldades em chegar até as residências dos munícipes por contas da situação precária das vias. Exemplo de problema é a falta de acesso de veículos de grande porte ao local. Com isso, os moradores são obrigados a caminhar com o lixo doméstico até a Avenida Loreto, cerca de 500 metros, para que o caminhão da coleta possa levar os resíduos.

Para facilitarem suas vidas, alguns dos moradores improvisaram acessos até suas casas. As tábuas de madeira são usadas para não correrem o risco de escorregar nas pedras.
Moradora do bairro há 18 anos, a técnica de enfermagem Maria Eunice Fernandes, 59 anos, está afastada do trabalho após ter se acidentado enquanto voltava para casa. Ela tropeçou em uma pedra, caiu e quebrou o dedo do pé. “Eu me aposentaria logo, mas como não estou trabalhando agora, vai demorar mais”, reclama. “Temos uma creche aqui perto. Muitas mães passam com crianças no colo. É um perigo”, conta.

“Tentamos contato tanto com a Prefeitura quanto com o governo estadual e até agora nada”, revela o morador Valdemi Alves Brandão, 50. “Nós tapamos um buraco por conta própria. Isso não é obrigação nossa. É um descaso”, afirma.

As obras foram iniciadas em setembro de 2015 e a expectativa da CDHU é a de que sejam normalizadas em abril, após conclusão de estudos necessários para adequações no projeto. A companhia ressaltou que os locais de intervenção das obras estão devidamente sinalizados e protegidos, conforme as normas técnicas vigentes. Além disso, equipe será encaminhada ao local para realizar vistoria e determinar as providências necessárias.

Já a Prefeitura esclareceu que iniciou, em 2013, projeto de ampliação da iluminação da área, em parceria com a AES Eletropaulo. Segundo a administração, a evolução dos serviços da CDHU permitirá a implantação de redes de distribuição de energia elétrica e de iluminação

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) informou que vai avaliar a possibilidade da colocação de contêiner para que os resíduos não fiquem espalhados pelo passeio público. 




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