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CPI da Saúde volta à pauta, mas secretário é dispensado por atraso
Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
02/02/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A primeira sessão do ano na Câmara de Ribeirão Pires foi palco de discussão acalorada entre vereadores por causa da CPI da Saúde. O desentendimento teve início quando o presidente José Nelson (PSD) não permitiu que o atual secretário de Saúde, Gerson Constantino (PSD), que chegou mais de uma hora atrasado ao Legislativo, fizesse fala na tribuna sobre os pontos criticados pelos vereadores.

Rubão Fernandes (PMDB) começou a discussão assim que a palavra foi aberta ao plenário, após a dispensa de Constantino – que foi reconvidado, para o dia 15. “Quem não deve não teme. Uma mulher está vindo e ela vai falar o que está acontecendo com ela: (precisa de) consulta com cardiologista. Podemos perder mais um munícipe. Eu peço, como vereador, como munícipe, para o senhor (presidente) abrir essa CPI. Não vamos fazer política na Saúde.”

A resposta de Zé Nelson acirrou os ânimos. “Nós temos de analisar também que não é uma situação só de Ribeirão, é situação do País. Você tem de analisar que uma CPI não vai resolver o problema da Saúde. O problema da cidade é financeiro”. Zé Nelson afirmou, no início do mês, que a abertura da investigação estava em suas mãos e ontem voltou a garantir que “não é momento para abrir CPI”. Rubão rebateu o pessedista. “Nós temos de cuidar do nosso quintal, que é a Estância Turística de Ribeirão Pires. Aproveita aí, senhor presidente, sua chance é essa.”

Eduardo Nogueira (Solidariedade) apoiou Rubão e disse que outras investigações precisam ser abertas. “É questão de justiça abrir essa CPI porque tem mais coisas para investigar. Inclusive, a vice-prefeita mandou para o Ministério Público uma denúncia sobre a licitação da merenda. Ela fez essa mesma denúncia aqui.”

Desde que foi aprovada, em setembro, a CPI da Saúde segue em processo lento. A investigação foi a primeira do município a ser colocada em prática, mas corre o risco de ser engavetada, uma vez que o presidente da Câmara tem se mostrado pouco disposto tocar a discussão.  




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