Os beneficiados pelo Viaja Mais - Melhor Idade, do Ministério do Turismo, desconhecem o programa. Quase dois meses depois do lançamento do programa, agências de turismo afirmam que a maior procura é para pedir explicações.
“As pessoas estão curiosas querem saber se o preço é vantajoso, como funciona o desconto em folha de pagamento e se o juros são baixos mesmo”, explica a dona da agência Betha, em Santo André, Evanise Nunes.
Ela conta que dúvidas como datas das viagens e destinos também são frequentes. “Os clientes que procuram o pacote querem viajar em alta temporada, mas não sabem que o programa é só para a baixa”. Desde o dia 27 de agosto, quando as agências de viagem credenciadas receberam autorização para vender os pacotes do Viaja Mais, a Betha Turismo já vendeu oito. “Os destinos mais procurados são Caldas Novas e Fortaleza”.
A agência Anna Tur, em São Caetano, teve um aumento de 30% na procura dos pacotes. “Os clientes chegam, perguntam, mas acabam não comprando. Querem conhecer. Vai levar tempo para o programa engatar”, diz a proprietária, Ana Mello. “Ainda não vendemos nenhum pacote”.
O benefício é válido para pessoas acima de 60 anos, aposentados e pensionistas. Ele oferece pacotes customizados para este público a um preço mais acessível. O grande diferencial é a taxas de juros do financiamento que varia de 0,75% a 0,95% por mês de acordo com o número de prestações.
O projeto é um recorte do Vai Brasil, coordenado pela Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), parceira do Ministério do Turismo. De acordo com o coordenador geral do Vai Brasil, Enzo Arns, o financiamento dos pacotes pode ser feito por crédito consignado. “Podem ser feitas até 12 prestações desde que elas não comprometam mais do que 30% da renda líquida”.
O projeto ainda está na primeira fase e, por enquanto, só tem saídas de São Paulo e Brasília. São 33 destinos e 800 agências credenciadas.
O Ministério do Turismo irá divulgar o balanço do projeto no próximo dia 30.
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