Política Titulo Desrespeito
CPI da Tecnisa aponta culpa de Lauro Michels

Relatório da oposição é aprovado e responsabiliza
a gestão por não construir rua em empreendimento

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
16/09/2015 | 06:59
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Montagem/DGABC


Quase seis meses depois de sua instauração, a CPI da Tecnisa – que investiga supostas irregularidades em empreendimento em Diadema – concluiu relatório, culpando o prefeito Lauro Michels (PV) pelo desrespeito à legislação municipal. O relatório será votado amanhã pela Câmara, necessitando de maioria absoluta para sua aprovação – 11 votos entre os 21 vereadores.

Em abril, reportagem publicada pelo Diário revelou que a Prefeitura e a construtora infringiram a LOM (Lei Orgânica do Município) ao não cumprirem acordo de contrapartida que previa construção de rua entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães, no bairro Piraporinha, para amenizar impacto viário.

Dois relatórios foram apresentados na CPI da Tecnisa depois dos trabalhos: o do relator Atevaldo Leitão (PSDB), líder do governo, e do oposicionista Josa Queiroz (PT), que protocolou resumo paralelo. No documento do governista, nenhum culpado foi apontado e foi sugerido encaminhamento ao Ministério Público. No de Josa, o governo e a Tecnisa foram responsabilizados pela ausência do viário.

Diante de dois relatórios, a comissão, que é composta por cinco parlamentares, optou, por três votos a dois, por encaminhar a conclusão elaborada pelo petista. Além de Josa, o texto recebeu as adesões de Vaguinho do Conselho (ex-PSB) e Ricardo Yoshio (PRB). Junto com Leitão votou o também governista Márcio da Farmácia (PV).

“Ouvimos todos os responsáveis que participaram (do contrato) e não há cabimento aceitar isenção de culpa entre os participantes, conforme sugeriu o Leitão”, argumentou Josa, destacando estar confiante em conseguir adesões necessárias para a aprovação. “Estou trabalhando para isso e acho que, diante da falta de articulação desta administração, vamos conseguir. Além disso, a coerência em nosso trabalho foi captada pela maioria”, adicionou o petista.

Após contabilizar outra derrota, Leitão assegurou que recorreu a auxílio ao governo. “Tenho conversado com a administração e lembrado sobre a diminuição da base. Ainda não tivemos um prejuízo grande”, alertou.

No Parlamento diademense, a oposição detém hoje justamente 11 votos. Seis da bancada do PT, dois do PSB, um do PMDB e outros dois do PRB – composto por Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes, que, recentemente, deixaram o arco de sustentação de Lauro.

A adesão de Pastor João é incerta. Mesmo na oposição, o parlamentar não tem sinalizado voto em conjunto. Há duas semanas, em votação polêmica sobre vetos de Lauro a emendas modificativas na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), Pastor João deixou o plenário no momento da votação.




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