Política Titulo Sem aliança
Salles ignora frente antiPT proposta por Aidan

Pré-candidato pelo PPS descarta acordo com ex-prefeito de Sto.André e diz que vota nulo se não estiver no 2º turno

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/07/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Pré-candidato ao Paço de Santo André pelo PPS, Raimundo Salles ignora a tentativa de formação de frente política antiPT na campanha eleitoral de 2016 proposta pelo ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) e rechaça, inclusive, eventual aliança no segundo turno da empreitada, diferentemente do que ocorreu nos pleitos de 2008 e 2012. “Não farei frente contra ninguém. Até porque deve existir bloco antiAidan, tendo PT e alguns vereadores que já estiveram ao seu lado (no governo do ex-petebista). Descarto completamente essa possibilidade de integrar esse tipo de grupo, não conte comigo. Sem qualquer interesse nessas coisas. Tocarei o meu projeto, independentemente dos outros nomes.”

Salles descarta apoio mesmo no segundo turno ao socialista – a quem declarou voto em 2008 – sob alegação de que Aidan “não merece o voto”, caso esteja fora da etapa final do processo. “Na verdade, nem o ex-prefeito nem o PT. Nenhum dos dois. Por isso, decidi que se isso (estar fora do segundo turno) acontecer o meu voto é nulo”. No último páreo local, ele aderiu à candidatura do petista Carlos Grana, de quem aceitou convite para assumir a Secretaria de Cultura. Houve rompimento do acordo durante o pleito presidencial, em outubro, período em que anunciou que postularia novamente o cargo de prefeito, pela terceira vez consecutiva.

O popular-socialista critica a postura do ex-prefeito e fala em incoerência de Aidan ao citar que, em 2010, o ex-chefe do Executivo deu suporte à campanha de Dilma Rousseff (PT), à época em sua primeira disputa. “Eu nunca votei na Dilma. Todos lembram que ele (Aidan) deu apoio. Preferi sair da administração (Grana) a fazer o mesmo (em 2014)”, afirma, mencionando que discurso de anticorrupção, baseado nas denúncias em Brasília no caso, também não pode ser encampado pelo socialista. “Se corrupção fosse motivo, ele não terminaria o mandato”, alfineta, ao referir-se ao escândalo do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), apontado pelo Ministério Público, em que lista 11 indiciados, incluindo Aidan.

Com dificuldade para unir a oposição contra o petismo na cidade, Aidan busca conversas com o presidente estadual do PSB, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, pelas tratativas por elo, colocando o PSDB de Geraldo Alckmin como principal alvo. Contudo, o tucanato andreense sequer cogita esta parceria. Nos bastidores, o ex-prefeito avalia que a junção de forças contrárias ao governo municipal auxiliaria na empreitada para derrubar o PT da Prefeitura, principalmente, diante do desgaste político no âmbito nacional. Salles considera, no entanto, que no máximo cinco candidaturas serão efetivadas na Justiça à sucessão de Grana, ao contrário do atual cenário, afunilando a concorrência. “Não tem espaço para mais que isso. 




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