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Apenas 12 países aderem ao G-21
11/10/2003 | 00:09
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A declaração dos chanceleres reunidos em Buenos Aires, no denominado G-21, foi assinada por somente 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Índia, México, Paraguai, África do Sul e Venezuela). Perguntado sobre a ausência dos demais países, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, deu outra denominação para o grupo, chamando-o de G-X. A referência foi acompanhada pelo chanceler argentino Rafael Boelsa que disse que "não se pode afirmar quantos países fazem parte do G-X porque estes podem ser 12, 17, 24, enfim, é um G flexível".

"O importante é que nascemos na reunião de Cancún e vamos chegar a Genebra. É um G flutuante e vamos ter de esperar em Genebra para saber quantos somos. O número é o menos importante porque nossos países discutem pela subsistência. Foi uma reunião de um grupo de países que pensa parecido, não foi reunião do G-21", afirmou Amorim.

Questionado sobre se a ausência de países foi por causa de pressões dos Estados Unidos, Bielsa disse que não poderia falar de pressões que não foram exercidas contra a Argentina, mas afirmou que a reunião foi importante e produtiva e os que não vieram perderam.

Diante de perguntas sobre a possibilidade de retaliações por parte de países desenvolvidos contra os países em desenvolvimento reunidos no "G-X", Rafael Bielsa ressaltou: "Foi difícil pensar que alguns países que defendem seus interesses vão receber retaliações. Nesse sentido, os subsídios agrícolas são de US$ 350 bilhões, enquanto a ajuda para alimentação é de apenas US$ 55 bilhões. Ou seja, os subsídios causam distorções no comércio internacional e geram assimetrias. Se além disso vão fazer retaliação, aí realmente estamos no pior dos mundos".

Bielsa defendeu-se também de críticas norte-americanas de que o discurso do G-21 era dos anos 70. "O que nós queremos são fórmulas técnicas. No plano internacional há várias formas de negociações: em bloco, bilaterais, hemisféricas. São rumos contemporâneos e vão em velocidades distintas. Temos de escolher o que é melhor para nós", disse. Ele não considera que Cancún tenha sido um fracasso, porque tão pouco teria sido um sucesso firmar um acordo prejudicial a alguma das partes.




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