A Anchieta e Imigrantes ganharão a partir do início do próximo ano os chamados radares dedo-duro. São equipamentos inteligentes que conseguem identificar diversos tipos de irregularidades nos veículos a partir do registro da placa.

Além de flagar excesso de velocidade, a máquina possui sistema interligado a diversos bancos de dados do Estado, como das secretarias de Segurança Pública e da Fazenda. A polícia rodoviária receberá em tempo real a acusação de irregularidade e autuará o motorista ainda na via.

Na Imigrantes, o aparelho ficará em São Bernardo, na pista Sul do Km 21,5. Na Anchieta, os aparelhos serão afixados no Km 9,7, na Capital, e Km 62, em São Vicente.

O dedo-duro consegue detalhar se o carro está licenciado, se o pagamento do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) está em dia e ainda se é roubado ou envolvido em crimes.

Os carros que estiverem em situação irregular serão retirados de circulação e encaminhados para pátios a fim de serem regularizados. A ideia é que este seja um mecanismo preventivo e não punitivo, conforme a Secretaria de Estado dos Transportes.

Segundo a secretaria, o intuito é fiscalizar os motoristas que não cumprem as exigências, tanto de velocidade como de manutenção do veículo e obrigações fiscais.

O novo mecanismo, que ajudará o governo a retirar das ruas os automóveis não inspecionados pelos órgãos de trânsito, deverá ser instalado em 41 pontos de rodovias estaduais como sistema Trabalhadores (Ayrton Senna e Carvalho Pinto), Raposo Tavares, Castello Branco, Marechal Rondon e Bandeirantes.

Estradas que dão acesso a regiões turísticas, como Rio-Santos, Tamoios e Mogi-Bertioga também contarão com os radares inteligentes.

A secretaria promete realizar campanhas de esclarecimento para que as pessoas saibam como irá funcionar o sistema chamado pelos técnicos de LAP (leitura automática de placas).

Atualmente, o sistema Anchieta-Imigrantes tem seis radares que registram excesso de velocidade.

Testes - A ideia de espalhar os dedos-duros pelas estradas não é nova e no Grande ABC é ensaiada desde 2007, com instalação dos equipamentos nos mesmos locais, por serem os mais próximos de postos policiais.

Em 2005, testes foram realizados por nove dias em pistas da Capital. Na época, a Polícia Rodoviária Estadual apontou que 2% dos veículos que passaram pelo radar inteligente não estavam licenciados e que 0,04% tinha registro por furto ou roubo.

Prazo - Sem data definida para entrar em operação, a licitação para contratação do serviço, de R$ 12,8 milhões, estipula que os dedos-duros funcionem dois meses depois que o contrato for assinado sendo que a validade da prestação do serviço será de um ano e cinco meses. O prazo para a entrega das propostas é 6 de julho de 2009.