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Livros em histórias em quadrinhos
Por Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
03/06/2007 | 07:00
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Histórias em quadrinhos e literatura namoram há tempos. Há uma boa nova safra nas livrarias com excelentes adaptações de ilustradores brasileiros e estrangeiros. Por exemplo, O Alienista, de Machado de Assis, no traço dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá; A Relíquia, de Eça de Queiroz, por Marcatti, e Capote no Kansas, de Ande Parks e Chris Samnee.

O namoro entre HQs e literatura tem décadas. Seria um romance tipo Montéquios e Capuletos para alguns críticos. Para estes, gibis e graphic novels (romance gráfico) não passam disso, e nunca serão literatura. É a opinião de Tony Long, editor da versão on-line da Wired, revista sobre HQs. Ele criticou a indicação, ano passado, do álbum em quadrinhos American Born Chinese, de Gene Yang, ao prêmio National Book de literatura infanto-juvenil dos Estados Unidos.

Para outros, este namoro seria como o flerte entre Narciso e seu reflexo no lago. Pode haver beletrismo entre desenhos e textos, casos de Maus, de Art Spiegelman, vencedor do prêmio Pulitzer de 1992, e de Palestina e Área de Segurança: Gorazde, de Joe Sacco, jornalista e ilustrador que faz HQs-reportagem. Spiegelman disse que os quadrinhos se tornariam literatura. A hora chegou?

E há a incestuosa relação entre HQ e literatura. Esta responde por Lost Girls, recém-lançada. Alice, Wendy e Dorothy compartilham, adultas, experiências eróticas quando meninas, versões freudianas dos contos de fadas que protagonizaram. Sutileza desta narrativa gráfica, algo além de bom texto e belas ilustrações.




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