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Venda no Dia das Crianças cresce em ritmo menor
Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
14/10/2011 | 07:20
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Os pequenos ganharam mais presentes neste Dia das Crianças, segundo a Serasa Experian. De 5 a 11 de outubro, as vendas cresceram 5,8%, no País, em comparação com o mesmo período do ano passado. Mas o aumento foi bem menos significativo do que em 2010, quando as vendas no comércio cresceram 12% em relação a 2009. "O Brasil cresceu mais no ano passado e, com o aumento do poder de compra, as pessoas aumentaram também os gastos", conta o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo, Valter Moura Junior.

O aumento deste ano está relacionado ao desempenho bastante positivo que o comércio e o Brasil registraram no ano de 2010. "Portanto, o pouco crescimento de 2011 já é sinal de bom resultado", diz o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Diadema, Gildo Freire.

Santo André, por exemplo, registrou 10% de aumento nas vendas em comparação ao ano passado. "O dissídio coletivo, acima da inflação, e a alta taxa de emprego no Grande ABC favoreceram para um consumo acima da média de outras regiões do Brasil", explica o assessor da presidência da Associação Comercial e Industrial de Santo André, Nelson Tadeu Pasotti Pereira.

De acordo com Freire, enquanto em 2010 o morador do Grande ABC desembolsou, em média, R$ 65 por um presente para a criança, neste ano o gasto caiu para R$ 55. A queda está relacionada ao nível de conscientização das pessoas.

Por conta do acesso facilitado ao crédito e o aumento da renda, o consumidor que gastou mais em 2010 ainda está pagando pelas contas que parcelou. Para não ficar inadimplente, a alternativa foi cancelar os gastos com as crianças, até porque ainda restam as despesas do fim de ano, que pesam no orçamento. "O consumidor está mais realista. No ano passado, o gasto foi elevado tanto no Dia das Crianças como no Natal", diz Moura.

Para o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, a freada nas compras não é sinal de educação financeira, já que o comportamento do consumidor foi pontual, ou seja, não significa que o ritmo menor de compra será mantido nos próximos meses.

DÉCIMO TERCEIRO - Outra justificativa para o consumidor ter gastado menos com os presentes é o Natal.

É provável que o consumidor já tenha começado a planejar o futuro da renda extra, o que ainda é incerto. "Ele pode priorizar o pagamento das dívidas ou gastar no Natal", pondera Almeida.




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