A liberação parcial da Avenida Humberto de Campos, na Vila Ema, em Ribeirão Pires, foi realizada pela Prefeitura nesta semana, mas não satisfez a população por conta do possível risco de novos deslizamentos do morro Santo Antônio. Muretas de concreto foram espalhadas por pelo menos 100 metros, ocupando uma das faixas sentido Mauá.

A falta de providências por parte da administração municipal e a demora para solucionar o problema também são motivos de questionamentos na vizinhança. A avenida é localizada em uma das entradas da cidade e ficou bloqueada desde janeiro por causa das fortes chuvas de verão.

Por isso, a Defesa Civil e o IG (Instituto Geológico) resolveram intervir. Durante a interrupção do tráfego, motoristas precisaram buscar rotas alternativas e reclamaram de fazer o desvio, conforme reportagem do Diário publicada no mês passado.

Já para os comerciantes da área, o fechamento foi quase catastrófico para as vendas.

"Reabriram parte da pista, mas quase falimos por conta do baixo movimento. Agora colocaram as muretas só para dizer que fizeram alguma coisa", queixou-se o dono de uma autoelétrica localizada em frente ao morro, Agostinho Cacilha, 48 anos. "Demoraram quase três meses para fazer isso", disse um pedestre.

Procurada, a Prefeitura informou que a pista de subida (sentido Centro) está sendo utilizada nos dois sentidos e com sinalização. A última vistoria no morro Santo Antônio aconteceu no dia 10.

Agora, a Secretaria de Obras e Planejamento Urbano aguarda recursos para realizar as intervenções necessárias, como corte do barranco, para que tenha grau de inclinação seguro e a construção de escadas hidráulicas.