Economia Titulo Aquisição
Hypermarcas paga R$ 2,5 bi e leva a Mantecorp
21/12/2010 | 07:12
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A Hypermarcas fechou a compra da farmacêutica Mantecorp por R$ 2,5 bilhões. Do total, R$ 1,6 bilhão será pago em dinheiro e, o restante, em ações da Hypermarcas que só poderão ser vendidas, mediante algumas regras, daqui a seis meses. Com o negócio, a Hypermarcas torna-se uma das maiores empresas do setor farmacêutico, com faturamento de R$ 2,5 bilhões e cerca de 800 representantes de vendas para visita médica.

Após a conclusão da operação, o bloco de controle da Hypermarcas - formado pelo fundador, João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, um grupo de investidores mexicanos, o presidente Claudio Bergamo, o diretor comercial Nelson José de Mello e a família Limírio Gonçalvez, que vendeu a Neo Química à Hypermarcas no ano passado - terá sua participação reduzida de pouco mais de 50% para cerca de 43%.

Esse é o desfecho de um processo de venda iniciado há quase dois anos. Além da Hypermarcas, participaram da disputa a brasileira Aché e o grupo britânico Glaxo SmithKline. Nesse período, o patriarca da Mantecorp, Gian Enrico Mantegazza, enfrentou problemas de saúde e foi seu filho, Luca Mantegazza, quem finalizou o acordo.

No negócio, a Mantecorp foi assessorada pelo Inspire Capital e pelo escritório de advocacia Martins, Chamon e Franco. A Hypermarcas foi assessorada pelo banco de negócios BR Partners e os bancos de investimento Credit Suisse e Itaú BBA, além dos escritórios Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados e Lefosse Advogados.

DROGARIAS - Por trás da expansão de portfólio da Hypermarcas está a necessidade da indústria de medicamentos de fazer frente ao fortalecimento do varejo. Em junho, a Drogaria São Paulo comprou a concorrente Drogão, tornando-se a maior rede do País. Na semana passada, a Droga Raia levantou R$ 654 milhões em sua oferta pública inicial de ações e destinará mais da metade desse valor à abertura de novas lojas.

Reunidas em cadeias, as farmácias têm exigido de seus fornecedores um portfólio de produtos cada vez mais amplo. Dessa forma, as varejistas podem lidar com um número menor de fabricantes, diminuindo a complexidade das operações de compra. A seu favor, a Hypermarcas ainda tem linhas de produtos para higiene e beleza, que também são vendidos em farmácias.




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