Internacional de Porto Alegre conta os minutos antes de seguir para o Mundial de Clubes. O campeão da Copa Libertadores embarca amanhã, às 12h, para Abu Dhabi, nos Emirados Arabes, onde tentará repetir 2006 e conquistar o bi da competição organizada pela Fifa.

Antes mesmo de deixar o Brasil, o Colorado já respira o Mundial e ontem o técnico Celso Roth deu ênfase ao ataque e às finalizações. A estreia será dia 14, contra o vencedor de Pachuca (México) e Mazembe (Congo).

Roth escalou a equipe titular com Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Wilson Matias, Guiñazu, Tinga e D'Alessandro; Alecsandro e Rafael Sobis. Interrompeu a atividade várias vezes, mostrando aos jogadores o que quer ver em campo. "Todo mundo tem de se mexer. Não pode ficar parado", gritava o treinador o tempo todo.

O técnico do Inter ensaiou também o contra-ataque, que pode ser uma das armas mortais no Mundial. "Quando pegarmos a bola (na defesa) o Sobis tem de disparar para frente. Precisamos ter velocidade neste movimento", cobrava Roth.

Hoje pela manhã ele comanda a última atividade antes do embarque para os Emirados Árabes e o volante Glaydson deve ser a novidade no grupo. Recuperado de lesão muscular, ele treinou em separado ontem e hoje se junta aos demais atletas da equipe gaúcha.

 SUPERSTIÇÃO

O vice-presidente de futebol Fernando Carvalho foi ontem ao Museu do Inter e retirou a bandeira do Colorado que marcou a primeira conquista do Inter, em 2006. Ele a levará para Abu Dhabi e espera que traga sorte.

"Quero que ela viaje conosco pra nos dar a sorte que nos deu em 2006. Ela vai retornar com uma nova taça, uma nova estrela e uma nova conquista colorada", destacou.

A bandeira foi marcada por centenas de mensagens escritas pela torcida gaúcha. Desta vez, uma nova faixa está sendo produzida, mas Carvalho faz questão de ter consigo o objeto que já trouxe sorte uma vez, quando o Inter superou o favorito Barcelona e trouxe o troféu mais importante de sua história.

NAS ARÁBIAS

O Hekari United, de Papua Nova Guiné, e o Mazembe, da República Democrática do Congo, foram as duas primeiras equipes a chegar a Abu Dhabi para a disputa do Mundial de Clubes.

 Técnico milanês estuda o Colorado

 Em crise no Campeonato Italiano - na quinta colocação, dez pontos atrás do rival Milan - a Inter de Milão vê no Mundial da Fifa a chance de salvar o ano. Por isso, o técnico Rafa Benítez está atento ao Colorado Gaúcho, uma vez que, pela lógica, os representantes da Europa deverão decidir o título com os sul-americanos.

"Neste momento, temos de nos concentrar no Inter de Porto Alegre. Eu assisti a uma partida deste time brasileiro, que me pareceu muito veloz e muito forte tecnicamente. Também estudaremos a fundo nossos demais rivais", explicou Benítez, ao site da Fifa.

O primeiro jogo do Mundial será entre o Al Wahda, dos Emirados Árabes, e o Hekari United, de Papua Nova Guiné, amanhã, daí saí o adversário dos italianos na semi. Na sexta, o Pachuca, do México, pega o Tout Puissant Mazembe, do Congo (o vencedor pega o Inter). (das Agências)

Bebidas alcoólicas e beijos na boca estão proibidos

Bebidas alcoólicas e beijos em público estão proibidos durante o Mundial de Clubes da Fifa, que começa amanhã em Abu Dhabi, de acorco com várias normas divulgadas ontem.

O Comitê de Organização estabeleceu uma lista de proibições que será divulgada aos torcedores em folhetos, mensagens em árabe e em inglês, entre as quais figuram, especialmente, o consumo de bebidas alcoólicas e os beijos em público, destaca o jornal Emaratalyoum.

A publicação também lembra que o consumo de drogas é proibido em locais públicos e privados e pode ter consequências judiciais. Bebidas alcoólicas são servidas em grande parte dos bares e restaurantes dos hotéis de Abu Dhabi.

"Somos um país muçulmano que tem suas próprias tradições e costumes e isto não deve escapar aos torcedores estrangeiros", afirmou o porta-voz do Comitê de Organização, Chaza Roumeiti. O dirigente garantiu que a Fifa não se opôs às restrições. (da AFP)