O São Caetano enfrenta o Figueirense hoje, às 21h, em Florianópolis, no encerramento do primeiro turno da Série B do Brasileiro com o desafio de manter a invencibilidade de cinco jogos. A partida é um confronto direto e o vencedor, se houver, pode terminar o turno no G-4 (grupo dos quatro primeiros que garantem vaga na elite), desde que o Ceará perca amanhã para o América-RN, em Natal. O Azulão é o sétimo colocado, com 27 pontos. Está uma posição abaixo e tem um ponto a menos que o adversário.

A equipe do Grande ABC precisa romper outra marca, a de não ter vencido equipes que desde o início do torneio ocupam as primeiras posições. Até agora, foram três empates (Vasco, Atlético-GO e Portuguesa) e três derrotas (Ceará, Guarani e Ponte Preta).

As vitórias do São Caetano na Segundona se deram sobre times que estão em posição intermediária na tabela ou lutam para fugir das últimas colocações.

Os jogadores admitem que o time precisa mostrar que está pronto para encarar desafios maiores.

"Ainda não vencemos quem está acima da gente na tabela, mas fizemos bons jogos contra alguns deles, como a Portuguesa, e podíamos até ter vencido", pondera o atacante Washington, artilheiro do time com seis gols.

A equipe que inicia a partida deve ser a mesma que venceu o Fortaleza (2 a 0) na última rodada. O técnico Antonio Carlos resume o confronto como mais um compromisso difícil a ser superado.

FIGUEIRENSE - A equipe terá quatro desfalques. O goleiro Wilson e o volante Jeovânio se machucaram durante o treinamento e foram vetados pelos médicos. O lateral-esquerdo Egídio e o zagueiro João Filipe estão suspensos.

Com as ausências, o time deve voltar ao 4-4-2. Os volantes Alê e Paulinho e o atacante Rafael Coelho retornam de suspensão. Rafael Coelho é o artilheiro da Série B com 12 gols.

Batatais e Luiz completam 38 jogos no ano

O zagueiro Marcelo Batatais e o goleiro Luiz completam hoje 38 jogos na temporada com a camisa do São Caetano. No Campeonato Paulista, os defensores disputaram 19 jogos e contra o Figueirense, em Florianópolis, chegam ao 19º no encerramento do primeiro turno da Série B do Brasileiro. Os jogadores não foram suspenso nem ficou fora de algum jogo por contusão.

Chegar a tais números é algo não muito comum, especialmente para um zagueiro que, invariavelmente, precisa cometer faltas.

"É difícil mesmo. Procuro me antecipar nos lances e graças a Deus não tive problemas com lesões", disse Batatais.

Diante do Figueirense, o zagueiro terá um dilema. Fazer ou não faltas? É que ele está pendurado com o segundo cartão amarelo desde a quarta rodada, o que não acontece com Luiz.

Batatais recebeu o último amarelo no confronto com o Amércia-RN. Portanto, está pendurado há 14 partidas.

"Evito cometer faltas. Só faço mesmo quando vejo que é necessário. Agora, se precisar contra o Figueirense, vou fazer. Se for em algum lance em que o time corra o risco de levar o gol, não vou pensar duas vezes", disse o zagueiro, ao prometer que não vai economizar para não receber o terceiro amarelo e, assim, entrar limpo na segunda fase da Série B.

Elenco inchado não inibe diretoria a contratar argentino

A diretoria do São Caetano e o técnico Antonio Carlos não falam a mesma língua. Embora o treinador tenha dito no sábado que a equipe não precisaria de reforços para o segundo turno da Série B, ontem o clube anunciou a negociação com o meia argentino Damian Luna.

Segundo o clube, o jogador canhoto tem o estilo parecido com o de Douglas (ex-Azulão e Corinthians) e estava no Independiente.

A diretoria ainda espera o visto de trabalho do governo brasileiro para registrar o atleta na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e fechar o tempo de contrato.

Damian foi campeão do mundo pela Seleção Argentina Sub-20. Além de Independiente, também atuou no San Lorenzo e no Universidade Católica (Chile). Fez sete gols na carreira profissional, sendo seis com a camisa do San Lorenzo e um com a do Universidade Católica.

Ontem, o técnico Antonio Carlos confirmou a dispensa de quatro jogadores que não vinham sendo aproveitados: o meia Oliveira, o atacante Marinho e os zagueiros Everaldo e Diego Padilha. Este último nem chegou a estrear. Exceção a Marinho, os outros três treinavam separados do restante do elenco.

Apesar das dispensas, o elenco continua inchado. Quando foi contratado, no início de junho, Antonio Carlos disse que queria trabalhar com no máximo 25 jogadores. Com alguns reforços que ele mesmo trouxe e ainda não estrearam, casos de Patrício e Jackson, em vez de diminuir, o grupo cresceu. No site oficial da agremiação constam 38 atletas. Com o argentino serão 39.